A Prefeitura de Apucarana está trabalhando para incentivar o turismo rural no Município. O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, afirma que os agricultores estão sendo incentivados a diversificar as propriedades. A cidade ganhou, na última semana, um site listando os atrativos turísticos para fortalecer o setor.
De acordo com Junior da Femac, diversificar é importante para aumentar a renda no campo. “Isso pode acontecer de diversas maneiras, envolvendo atividades como a fruticultura, piscicultura, pecuária leiteira, agroindústria familiar, hortifrutis, e também com o investimento no turismo rural”, salienta Junior da Femac.
O turismo rural é mais uma atividade que está sendo agregada junto com a uma pequena agroindústria implantada pela família Kussmaul. A propriedade localizada na estrada do Bilote, a sete quilômetros da cidade de Apucarana, já fornece produtos para a merenda escolar do Município e também comercializa parte da produção na Feira do Produtor. Agora, aproveitando a estrutura existente, o espaço será aberto ao público onde aos finais de semana será servido um café colonial. Além dos atrativos naturais, o lugar preserva a história da família e também curiosidades.
Para marcar a iniciativa, os empreendedores criaram a MK Turismo Rural, que leva as iniciais do nome da proprietária: Margarete Kussmaul. Nascida e criada nesta região do município, Margarete administra o espaço com o marido, Osvaldo Kussmaul. “Estamos ampliando a nossa atuação na área do turismo, uma vez que a nossa propriedade já é há 15 anos ponto de descanso para grupos de caminhadas rurais”, conta Margarete.
Além do café que é servido no local, os caminhantes também apreciam conhecer os atrativos naturais. “Eles vêm aqui para o café, mas fazem questão de andar na propriedade, até chegar no ponto mais alto de um morro que tem aqui”, relata Margarete.
O morro, que tem um aclive de cerca de 50 metros e de onde na base é retirado cascalho para recuperar as estradas da região, guarda algumas curiosidades. “Um dia um aviador apareceu aqui em casa, bastante intrigado. Ele disse que toda vez que sobrevoava esse morro notava que a bússola do avião disparava”, relata Margarete.
Anos mais tarde a história foi confirmada por um técnico de uma empresa de abate de frango, pois na época a família pretendia construir um aviário. “Ele veio com uma bússola para determinar o lugar exato onde deveria ficar o barracão, tendo em vista o nascente e o pôr do sol. Invés de os ponteiros permanecerem estáticos, eles ficaram vibrando e não foi possível tirar as coordenadas”, conta Osvaldo Kussmaul.
Os proprietários buscam explicações para o fenômeno e cogitam a existência de algum tipo de minério. “É o que a gente imagina, pois é um fato muito estranho. É uma curiosidade que temos para contar aos visitantes”, afirma Margarete.
INGREDIENTES EXTRAÍDOS DA PROPRIEDADE – A família já oferece o café rural – mais simples e composto de cinco itens – e agora está incrementando a atividade com o café colonial, com até 22 itens. “Porém, o café colonial deve ser agendado com antecedência, com um número mínimo de 10 a 15 pessoas”, observa a proprietária da MK Turismo Rural, acrescentando que a maior parte da iguaria é confeccionada com o que é plantado na propriedade. “Só compramos café , açúcar e a farinha. O restante, como as frutas para doces, geleias e sucos vêm daqui mesmo. Por isso, dizemos que é um café legitimamente colonial”, frisa.
A propriedade da família Kussmaul possui diversos atrativos, especialmente para crianças, como horta orgânica, canteiros de flores, balanços suspensos em uma frondosa árvore, cavalos, vacas, bezerros, gansos, marrecos, galinha da angola e avestruz. “Além disso, há o morro que guarda esta curiosidade e que oferece um visual maravilhoso de toda essa região. Há ainda um lugar em memória a Dona Joanina, pioneira e líder comunitária que faleceu recentemente e que legou o espírito de liderança e todo o conhecimento do cultivo orgânico para a família”, completa José Luiz Porto, secretário municipal de Agricultura.

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