O prefeito de Apucarana Beto Preto e seu vice, Junior da Femac, mantiveram audiência na tarde de desta quarta-feira (14/05), em Brasília, com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), Dr. Paulo Sérgio Passos. No encontro, foi retomada a discussão sobre o traçado da Ferrovia Norte-Sul no Paraná.
“Tivemos uma ótima conversa com o Dr. Paulo Passos, que foi ministro dos transportes no Governo do Presidente Lula”, revelou Beto Preto. Segundo ele, surgiu uma boa novidade nesta discussão, que é a possibilidade de um novo traçado contemplando boa parte do Norte do Paraná, passando por Londrina, Arapongas, Apucarana e alguns municípios do Vale do Ivaí, chegando a Maringá, Campo Mourão e Cascavel, antes de rumar para Chapecó, em Santa Catarina”, informou.
O engenheiro civil Sebastião Ferreira Martins Junior, o “Junior da Femac”, destacou que neste processo, felizmente, as posições de Apucarana tem sido ouvidas. “Para todo o Norte do Paraná é de extrema importância que uma ferrovia moderna de bitola de 1,60 m atenda a região, assegurando mais competitividade de mercado para diversos segmentos produtivos”, avaliou Junior.
Conforme anunciou o prefeito Beto Preto, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) das alternativas de traçado da Ferrovia Norte-Sul estão em fase de conclusão. “Estamos nessa luta a muitos meses em defesa de todo o Norte do Estado e esperamos ser contemplados nessa obra, que é uma das mais importantes do Governo da Presidenta Dilma Rousseff, e que irá fomentar o mercado interno”, lembrou Beto Preto.
O prefeito diz que a mobilização de lideranças políticas, empresariais e do agronegócio do Norte do Paraná surtiu efeito positivo no governo. O traçado original da ferrovia, que cortava todo o Paraná, chegou a ser descartado, mas voltou a ser tratado como prioridade nos estudos da VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa ligada ao Governo Federal. “Essa foi a primeira vitória obtida com a união das forças norte-paranaenses”, frisou.
Conforme pondera Beto Preto, o traçado da futura ferrovia deve obedecer a critérios técnicos e econômicos, mas existem algumas considerações a fazer. “Não dá para admitir que Londrina, terceira maior cidade do Sul do País, fique fora do roteiro. Também não é razoável que essa ferrovia não esteja integrada ao maior entroncamento rodo-ferroviário do Norte do Paraná, situado em Apucarana”, avalia.
Atualmente, de acordo com informações obtidas em Brasília, os novos estudos de viabilidade técnica e ambiental da Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Panorama/SP e Rio Grande/RS, passando pelo Paraná e Santa Catarina, devem ser concluídos até junho pela Valec. O estudo prevê três alternativas de traçado no Paraná. Nesse momento, a Valec trabalha na composição de preços, custos de implementação e custos de operação de cada opção, visando balizar a escolha pelo melhor traçado.
No Paraná, a Ferrovia Norte-Sul deve ter cerca de 650 km a um custo estimado de R$ 6 milhões por km. A ferrovia que já é operacionalizada em estados do Norte e Centro-Oeste do País, tem bitola de 1,60m e os comboios podem trafegar a uma velocidade de até 80 km por hora. “Nossa região não pode perder um investimento em logística deste porte, sob o risco de comprometer sua competitividade e desenvolvimento a médio prazo”, alerta o prefeito Beto Preto.