Voltada para o atendimento de casos de urgência e emergência médica, a Unidade de Pronto Atendimento de Apucarana (UPA) tem registrado nos últimos dias uma média de 430 atendimentos. A capacidade diária de acolhimento, contudo, é entre 220 e 280 pacientes. O grande problema, segundo levantamento feito pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), é que muitos dos casos que sobrecarregam o atendimento não se enquadram nos critérios de urgências ou de emergência.
A direção da unidade de pronto atendimento, avalia que a sobrecarga não existiria caso esses pacientes procurassem primeiramente o posto de saúde mais próximo. “A razão de existir das UPA’s é o atendimento de urgências e emergências. Pedimos a população que em casos simples, procure em um primeiro momento uma unidade básica de saúde (UBS), onde irão encontrar atendimento adequado”, orienta Erlan Robison Bosso, diretor-administrativo da UPA de Apucarana. De acordo com ele, em caso de necessidade, a própria equipe da UBS realiza o encaminhamento para a UPA.
Ao não se enquadrarem nos critérios de urgência ou emergência, os pacientes que procuram a UPA muitas vezes precisam esperar um tempo maior. “Assim que a pessoa dá entrada na UPA ela passa de imediato por uma triagem, onde profissionais capacitados vão realizar a avaliação. A prioridade será sempre para os casos mais graves, segundo uma classificação de risco. Não é por ordem de chegada, as pessoas que procuram diretamente a UPA precisam entender que as urgências e emergências serão sempre prioridade”, conscientiza o diretor. Ele lembra que na portaria da unidade há um painel com a classificação de risco. “Há todo um protocolo, com os casos enquadrados na cor “Vermelha” ou “Amarela” sempre tendo prioridade e sendo passados à frente. Pedimos um maior entendimento das pessoas neste sentido. Com a sobrecarga, não temos como oferecer a rapidez e qualidade que sempre buscamos em todos os casos que nos procuram, em especial aos classificados de menor risco”, ponderou Bosso.