Fazendo parte da programação do Mês da Mulher, integrantes dos programas Hortas Solidárias e Horta Acolher tiveram um encontro especial nesta segunda-feira (06/03). As mulheres horticultoras participaram de um café solidário, realizado junto ao Espaço Empreender, situado em área do antigo IBC da Vila Nova.
O prefeito Junior da Femac afirma que as hortas solidárias, junto com o Programa Rede de Mulheres Solidárias, são ações que promovem o empoderamento e o protagonismo feminino. “São atividades e momentos que foram criados para que a mulher consiga gerar renda e, principalmente, se sinta única, admirada, respeitada e amada”, pontua Junior da Femac.
A secretária municipal da Mulher a Assuntos da Família, Denise Canesin, afirma que o café solidário foi um momento de partilha e de integração. “Ouvimos relatos emocionantes e isso nos enche de entusiasmo para continuar o trabalho. Tudo aconteceu ao ar livre, num local aconchegante onde tem a primeira horta que deu origem a tudo, o jardim das rosas, pomar e as flores melíferas. Tudo cuidado por elas com muito zelo e carinho, num ambiente em meio à natureza que traz benefícios emocionais e mentais”, afirma Denise, acrescentando que o programa já atende cerca de mil pessoas.
O café solidário também contou com a presença de profissionais da residência multidisciplinar que atuam nas Unidades Básicas de Saúde. “Nas UBSs acontece o Projeto Acolher, que através de atividades terapêuticas em hortas promove a saúde física e mental, leva alegria e bem-estar, além de fazer a interação social e a inclusão das pessoas”, frisa Junior da Femac.
Foi o que aconteceu com Silvanil Aparecido da Silva, integrado ao Projeto Acolher da UBS Ruth Eugênio, situado na região do Vale Verde. “Quando começou a pandemia foi muito difícil. Eu trabalhei 28 anos com reciclagem e aí acabou o serviço. Fiquei doente, até com depressão. Eu não estava mais suportando e até tinha perdido o amor pela vida. Então, me chamaram para fazer parte da horta e aquilo foi um alívio para minha mente. Esqueci de todos os problemas e hoje, junto com minha esposa, tiro minha renda na horta”, contou Silvanil, após ser convidado a compartilhar com o público a sua experiência.
Já Dirce de Fátima da Silva, acompanhada do marido, fez um relato sobre o o projeto-piloto no Espaço Empreender, em área de cerca de 2 mil metros quadrados e que deu origem as cerca 30 hortas existentes atualmente no Município. “Ajudei a desbravar esse pedaço de terra, limpando e fazendo cerca. Hoje, junto com meu marido, conseguimos uma renda de cerca de R$ 1 mil vendendo hortaliças nos bairros aos finais de semana”, conta.
Maura Fernandes, coordenadora do Programa de Hortas Solidárias, afirma que não tinha muitos conhecimentos sobre horticultura. “Fui aprendendo aos poucos, contando com o apoio e orientações da equipe da Secretaria de Agricultura e neste ano comecei a faculdade de agronomia para aprender ainda mais”, comenta.