Um projeto-piloto buscará agilizar o encaminhamento de estudantes para salas de apoio e de recursos. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (25/07), no Cine Teatro Fênix, durante o Encontro da Política Estadual de Educação Especial e de Avaliação Psicoeducacional. O evento reuniu especialistas e professores dos 16 municípios de abrangência do Núcleo Regional de Educação (NRE).
O encontro é uma promoção do NRE e Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Paraná (Undime-PR). O prefeito de Apucarana, Beto Preto, participou da abertura do encontro, acompanhado pelo vice-prefeito Junior da Femac e pela secretária municipal de Educação e presidente da seccional Paraná da Undime, professora Marli Fernandes.
A primeira palestra do dia tratou do protocolo de identificação de estudantes com altas habilidades e a criação de salas de atendimento para superdotados. Aproveitando a oportunidade, Beto Preto anunciou que Apucarana implantará em 2019 a Sala Cérebro. “Pretendíamos que o projeto já estivesse funcionando neste ano, mas tivemos algumas dificuldades para finalizar o projeto, que será lançado em 2019. A sala vai fazer o atendimento das altas habilidades no ensino municipal do pré ao 5º ano”, informa Beto Preto.
O prefeito de Apucarana enalteceu o fato de que a inclusão dos superdotados esteja também na pauta do governo do Paraná. “É a primeira vez que o Estado coloca claramente a questão das altas habilidades. Entre os alunos novos que chegam todos os anos, temos muitos que possuem habilidades muito maiores do que pensamos”, pontua Beto Preto.
De acordo Maria Onide Balan Sardinha,  chefe do NRE de Apucarana, estudos apontam que de cada 30 crianças uma apresenta o quadro de superdotação. “O projeto-piloto busca preparar os professores para detectar esta e outras situações como autismo, distúrbios de aprendizado e déficit de atenção, entre outras”, exemplifica Maria Onide.
Atualmente, o encaminhamento para salas de recursos é feito somente após a elaboração de um laudo, que é emitido por um psicólogo. “Esse ainda é um processo demorado, pois temos poucos profissionais para fazer essa avaliação psicoeducacional. A intenção é treinar um grupo de professores que esteja apto a perceber essas situações e já fazer o encaminhamento, sem ter que esperar pelo laudo”, explica a chefe do NRE.
A secretária municipal de Educação e presidente da Undime-PR, Marli Fernandes, afirma que a educação especial tem grande impacto nas unidades escolares. “Quero agradecer a Secretaria de Estado da Educação pela parceria e por ter acolhido a nossa sugestão, oportunizando trazer esse debate sobre a educação inclusiva para Apucarana e região”, manifestou a presidente da Undime-PR.
A palestra sobre identificação de superdotados foi proferida pela doutora e técnica pedagógica em altas habilidades, Denise Maria de Matos Pereira Lima, coordenadora estadual do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também estavam previstas a palestra “Política Estadual de Educação Especial”, com a professora Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno, chefe do Departamento de Educação Especial da SEED; e “Política de Avaliação Psicoeducacional no Contexto Escolar”, com a professora e psicóloga Nanci Furtado de Menezes, coordenadora do Centro Estadual de Avaliação e Orientação Pedagógica (CEAOP), e com a professora e psicopedagoga Márcia Benedita Araújo.
 

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