Os alunos do 5º ano da Escola Municipal João Antonio Braga Côrtes, na Vila Formosa, encantaram juízes, promotores, defensores públicos e advogados, na tarde de ontem (27/10), durante a apresentação de um júri simulado nas dependências do Fórum Estadual Desembargador Clotário Portugal.

A atividade representou o ápice do projeto “Cidadania e Justiça também se aprendem na escola”, que foi desenvolvido, nos meses de setembro e outubro, nas 37 escolas da rede municipal de ensino, por meio de parceria entre a Secretaria de Educação e o Tribunal de Justiça do Paraná.

Vestidos com fardas e togas de acordo com o personagem que representavam, os alunos simularam o julgamento de um crime ambiental. A discussão girou em torno do descarte irregular de refugo de tecidos, por parte de uma fábrica de bonés, no Parque Ecológico da Raposa.

“As crianças se empenharam tanto na construção dos argumentos que, ao final, até foi difícil decidir se o réu deveria ser condenado ou não,” afirmou a diretora da Escola Municipal João Antonio Braga Côrtes, professora Edna Mansano.

Ela acrescentou que o projeto “Cidadania e Justiça também se aprendem na escola” ampliou significativamente os conhecimentos dos alunos. “Antes eles achavam que apenas o roubo e o assassinato eram passíveis de julgamento. Mas após as aulas, que usavam uma cartilha de leitura bastante agradável, eles puderam aprender que existem muitos outros tipos de crimes, como os ambientais, econômicos, trabalhistas, virtuais, etc.” detalhou.

Os horizontes dos alunos também foram alargados em relação às suas possibilidades profissionais. “Se a gente estudar e se dedicar bastante, poderemos nos tornar advogados, promotores e até juízes no futuro,” vislumbrou a estudante Gabrielly Muniz.

Doutora Carolline de Castro Carrijo, juíza da Vara da Infância e da Adolescência, parabenizou aos alunos e docentes envolvidos no projeto. “Nós ficamos encantados com a forma com que essas crianças desempenharam seus papéis. Foram descobertos talentos. O mérito é principalmente dos professores, que souberam tirar o máximo proveito da cartilha enviada pelo Tribunal de Justiça do Paraná,” disse.

Além dela, também assistiram à simulação de julgamento os juízes Oswaldo Soares Neto, José Roberto Silvério e Ornela Castanho, o promotor Fabrício Drumond Monteiro e as defensoras públicas Renata Miranda Duarte e Maisa Dias Pimenta.

A secretária de educação, professora Marli Fernandes, agradeceu a parceria firmada com o Tribunal de Justiça do Paraná através do Fórum Desembargador Clotário Portugal. “Muito obrigada por vocês idealizarem e disponibilizarem esse projeto tão importante aos alunos da rede municipal. O nosso objetivo foi atingido, pois as crianças aprenderam noções básicas de ética, direitos e deveres,” assegurou.

Os estudantes das demais escolas municipais participantes do projeto “Cidadania e Justiça também se aprendem na escola” apresentaram suas simulações de julgamento, teatros e exposições de cartazes ao longo da semana nas próprias instituições de ensino.

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