O profissional de fotojornalismo que registrou momentos marcantes de personagens da história recente do Brasil, Irmo Celso Vidor, empresta seu nome para o concurso de fotografia promovido pela Prefeitura de Apucarana. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira (30/06) no Cine Teatro Fênix, em ato que contou com a presença de familiares de Irmo Celso Vidor, que faleceu em abril, aos 66 anos, vítima da covid.

Aquele que fotografou pessoas como os ex-presidentes João Batista Figueiredo, Fernando Henrique Cardoso e Lula, e que foram estampadas em revistas e jornais de circulação nacional, servirá de inspiração para amadores e também fotógrafos profissionais. Ño entanto, ao longo da sua trajetória, Irmo Celso Vidor não esqueceu de Apucarana, cujo cenário também foi amplamente retratado. Umas das últimas imagens do fotógrafo foi exatamente o registro do ponto de vacinação do coronavírus, doença que acabou o vitimando.

A responsável por selecionar as fotos que foram projetadas durante o ato – incluindo ainda imagens como das cantoras Elis Regina e Rita Lee e dos jogadores Sócrates e Casagrande, entre outros – é a filha de Irmo Celso, Renata Kagami Vidor. Também estiveram presentes durante o lançamento do concurso a esposa do homenageado Elisa Tiyoka Kagami Vidor e a mãe, Lurdes Castanho Vidor, além de irmãos e sobrinhos do homenageado.

A fotografia era a maior paixão do meu pai. O fotógrafo tem um olhar diferenciado, que consegue extrair de coisas simples grandes retratos e imagens que ficam eternizadas. Fica o sentimento de gratidão pela homenagem por esse pedaço da história da vida dele, vivido com a fotografia”, frisa a filha Renata, que falou em nome de todos os familiares.

A filha de Irmo Celso incentiva as pessoas a participarem do concurso, afirmando que existem muitos talentos em Apucarana. “Eu vejo isso nas redes sociais. Eu falo para quem for participar do concurso: assim como fazia meu pai, olhem com amor para aquilo que vocês vão registrar. E também não sintam vergonha. Se tiverem o desejo de registrar algo, mesmo que for preciso parar na rua, tirem a foto”, aconselha Renata.

O prefeito Junior da Femac afirma que Irmo Celso Vidor foi um cidadão apucaranense, que teve seu trabalho reconhecido em todo do Brasil. “É um apucaranense que brilhou por todo o Brasil e queremos ver esse espírito em cada uma das fotos”, disse Junior da Femac para depois, dirigindo-se aos familiares, ressaltar que Irmo Celso Vidor foi um exemplo a ser seguido. “Exemplo das palavras, do olhar, da história, do caráter e da grandiosidade que foi Irmo Celso Vidor”, completou o prefeito.

O Concurso de Fotografia Irmo Celso Vidor: Cultura e Turismo em Apucarana é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur). “As inscrições estão abertas a partir desta quinta-feira e se estenderão até o dia 31 de agosto. Vamos premiar 50 fotografias. Serão 20 prêmios para profissionais, no valor de R$ 500; 20 prêmios para amadores, no valor de R$ 250; e outros 10 prêmios, no valor de R$ 500, para fotos aéreas”, explica a secretária Maria Agar, lembrando que poderão ser feitas fotos de cenários urbanos ou rurais e também de pessoas. “Com esse concurso vamos realçar ainda mais a beleza de nossa cidade, em especial dos pontos turísticos. Essas imagens serão publicadas no site da prefeitura, poderão ser apreciadas por toda população e farão parte do acerco do Município”, completa Maria Agar.

BIOGRAFIA – Irmo Celso Vidor recebeu vários prêmios, entre eles o Prêmio Herzog de Fotojornalismo em 1982, que reconhece o trabalho de repórteres fotográficos e jornalistas que colaboram na defesa e promoção da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.

Atuou em jornais de circulação nacional, como O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e na Revista Veja. Após decidir encerrar a carreira como fotógrafo, Irmo Celso Vidor voltou para Apucarana, se formou em Direito e passou a viver da advocacia. No entanto, não abandonou a fotografia, passando a desenvolver a atividade como um hobby e realizando projetos específicos, como o de curadoria fotográfica do livro “Apucarana – uma História de Sucesso no Norte do Paraná”.

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