Um grupo de comerciantes e moradores da Barra Funda procurou na manhã de hoje o prefeito Beto Preto, para pedir mais atenção em relação à conduta de moradores de rua. Os problemas estariam acontecendo principalmente no entorno de duas estruturas do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop). Uma delas está localizada na Rua Clotário Portugal e a outra na Avenida Curitiba, junto da Praça Mauá.

Entre os problemas relatados estão xingamentos, consumo de bebidas alcoólicas e até necessidades fisiológicas em áreas de circulação de pessoas. Segundo moradores e lojistas da região também incomodam algumas brigas entre moradores de rua e também acumulo de lixo deixado por eles.

Mesmo sem agendamento, o prefeito fez questão de atender o grupo em seu gabinete e discutir a questão e as medidas necessárias para sanar os problemas. Ao tomar conhecimento do teor das reclamações, o prefeito convocou com urgência representantes do Ministério Público, da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Assistência Social. Compareceram ao encontro o promotor Thiago Gevaerd Cava, da 2ª Promotoria de Justiça do Ministério Público, e o tenente Edinei Francisco da Silva, comandante da GM, além da secretária municipal de Assistência Social, Márcia Regina Sousa, da coordenadora do Centro Pop, Aline Barbosa, do secretário municipal de Governo, Sérgio Luiz Barroso, e do procurador jurídico do Município, Paulo Vital.

Uma das reclamações está relacionada com a localização dos espaços, na área central, para atendimento dos moradores em situação de rua. “Estamos cumprindo rigorosamente o que determina a legislação do programa, ou seja, mantendo espaços de atendimento em locais situados dentro do perímetro urbano, preferencialmente na área central e próximos de entradas e saídas da cidade”, argumentou Beto Preto, afirmando ainda que os locais foram aprovados pelo Ministério Público e Vigilância Sanitária.

Atualmente, a Prefeitura mantém o Centro Pop na Rua Clotário Portugal, que oferece o atendimento social e psicológico, além de almoço e passagens de ônibus, entre outros serviços. “Já o Abrigo Pop fica na Avenida Curitiba, próximo à Praça Mauá. O espaço, que funciona na antiga pensão da família da professora Vanda França, que já oferecia o pernoite e agora passa a funcionar 24 horas por dia, sendo um local onde os moradores de rua poderão ficar para fazer as refeições e enquanto aguardam encaminhamentos, como consultas médicas, cursos de qualificação e, inclusive, entrevista de trabalho”, assinala.

O prefeito reconheceu o direito de ir e vir das pessoas, mas também ponderou que o Município necessita dar sequência à política de atendimento aos moradores de rua. “A Guarda Municipal já está fazendo rondas diárias nestes dois locais de atendimento e vamos intensificar essa atuação”, assinalou, acrescentando que o antigo albergue noturno de Apucarana, comandado pelo saudoso Sr. Geraldo, funcionava num ponto ainda mais central da cidade.

Beto Preto lembrou que o principal objetivo do programa é fazer a ressocialização dos moradores de rua e citou como exemplo o trabalho que vem sendo realizado pelo Patronato Municipal no atendimento a egressos do sistema penitenciário. “Morador de rua também pode ser um trabalhador, que pode momentaneamente estar desamparado por algum motivo. Temos que desenvolver a política de atendimento, contando com a ajuda da sociedade. Na reunião de ontem, tanto o Município quanto os moradores, exerceram o direito democrático de se manifestar. Foi um encontro muito importante e, podem ter certeza, que nós iremos adotar as providências necessárias, diante das informações que foram repassadas. Já agendamos um novo encontro com o grupo que nos procurou para daqui a 10 dias, com o objetivo de avaliar em conjunto se as medidas adotadas surtiram o efeito almejado”, finalizou o prefeito Beto Preto, reiterando que seu mandato é transparente e aberto ao diálogo.

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