A Polícia Militar Ambiental e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente confirmaram nesta quarta-feira (29/05) que uma capivara foi encontrada morta no Parque Ecológico da Raposa. A principal suspeita é que o animal silvestre, que estava em avançado estado de decomposição, tenha sido vitimado por caçadores. As autoridades lembram que esse tipo de crime ambiental é inafiançável e prevê pena de dois anos de prisão, além de multa que pode chegar a R$ 5 mil.

O prefeito de Apucarana, Beto Preto, lamentou o fato, destacando que o Município vem fazendo esforços para cumprir os requisitos no tocante à Unidade de Conservação e também para melhorar a estrutura de visitação do parque. “É uma área de preservação da fauna e da flora, que tem diversas espécies de animais, como macacos e capivaras, entre outros. É lamentável que isso continue ocorrendo, especialmente porque tem como agravante ter sido registrado dentro de uma Unidade de Conservação”, afirma.

De acordo com Walmir Nogueira da Matta, cabo da Polícia Militar Ambiental, a morte da capivara deve ter ocorrido há cerca de 15 dias. “Encontramos o animal dentro da mata e em avançado estado de decomposição, o que dificulta precisar a causa da morte. Mas tudo indica que ela tenha sido abatida por caçadores”, afirma. Segundo ele, em recente contagem foram verificadas cerca de 30 capivaras no parque. “É um número estimado, mas já notamos visualmente que essa quantidade diminuiu. E isso é preocupante, uma vez que não existem predadores naturais no parque”, alerta, salientando que as penalidades dobram nos casos em que o crime ambiental é cometido dentro de uma Unidade de Conservação.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Itamar Gomes de Oliveira, reitera que o Parque Ecológico da Raposa é classificado como Unidade de Conservação, garantindo ao município recursos do chamado ICMS Ecológico. “Além de ser um espaço de preservação da fauna e da flora, é um local de visitação e também procurado para estudos acadêmicos. Assumimos com os órgãos ambientais o compromisso de cuidar, fiscalizar e monitorar o parque”, informa ele, solicitando para que a população contribua denunciando eventuais crimes ambientais verificados na Unidade de Conservação. “Isso vai desde a caça de animais silvestres, à pesca no lago e até queimadas. De segunda a sexta-feira, as pessoas podem ligar na Secretaria do Meio Ambiente e nos finais de semana podem acionar a Guarda Municipal”, orienta o secretário.

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