Técnicos da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, que trabalham no atendimento a gestantes e recém-nascidos, têm dispensado atenção especial ao diagnóstico e tratamento da sífilis. Atualmente, 25 crianças estão sob acompanhamento médico e ambulatorial, seguindo os procedimentos do Protocolo Mãe Paranaense, do Governo do Estado. A maioria dos casos está relacionada à falta de cuidados da gestante, que não realiza o tratamento determinado pelo médico, após o resultado do teste rápido para diagnóstico da doença.
A coordenadora do Núcleo de Atenção, Testagem e Tratamento de Apucarana (NATTA), enfermeira Elisabete Catenace Pereira, afirma que “são realizados 25 testes rápidos por mês e no mês de dezembro duas gestantes apresentaram resultado positivo”. Entretanto, ressalta a enfermeira, “muitas grávidas deixam de realizar o exame e somente com o nascimento da criança há a identificação da doença”. Ela lembra que “o Ministério da Saúde orienta os médicos a incluir o teste de sífilis para o casal, mas o homem, principalmente, não segue a orientação”.
O enfermeiro Luciano Pereira da Silva, do Departamento de Epidemiologia da Autarquia Municipal de Saúde, destaca que “o primeiro teste é realizado no hospital, tão logo a criança nasce e, em caso positivo, iniciado o tratamento, com acompanhamento até a confirmação da cura”. Pereira informa que, atualmente, 25 crianças estão sob acompanhamento dos médicos do Centro Infantil, com a realização de testes a cada três meses. Para o enfermeiro, é fundamental que o casal realize o teste rápido e em caso positivo da doença iniciem o tratamento.
Na Casa da Gestante, 15 mulheres foram diagnosticadas com sífilis. Algumas já foram tratadas e outras continuam em tratamento médico. De acordo com Sônia Regina Tizeu da Rocha, enfermeira que atua no local, muitas das pacientes somente diagnosticadas a partir do teste rápido realizado quando da primeira consulta. “A orientação é que o teste deva ser realizado pela mulher e pelo homem, para o tratamento ser realizado com o casal, mas nem sempre é o que acontece”, justifica a enfermeira.
Diagnóstico – O teste rápido de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Quando o teste rápido for utilizado como triagem, nos casos positivos uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para confirmação do diagnóstico.

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