O Ministério do Trabalho e do Emprego divulgou nesta semana o panorama nacional e dos estados na geração de postos de trabalho no mês de maio e o acumulado nos cinco primeiros meses de 2014. No mês de maio, em todo o país foram criadas no mês de maio 58,8 mil vagas formais, resultando num acumulado de 543,2 mil vagas com carteira assinada.

O emprego formal no Paraná cresceu 2,4% no ano, com um saldo líquido de 65,1 mil vagas no total de janeiro a maio. Considerando somente o mês de maio, o resultado foi a criação de 6,8 mil empregos, o que corresponde a um aumento de 0,25% em relação a abril – o balanço de maio no estado é resultado de 135.238 admissões e de 128.398 demissões. Apesar do saldo positivo, o número de maio foi o menor para o mês desde 2003.

No contexto paranaense o desempenho de Apucarana surpreendeu ao obter o 8º lugar no saldo de janeiro a maio, na geração de empregos formais. Em primeiro lugar ficou Curitiba com um saldo de 13.825m, 2º Maringá (4.178), 3º Cascavel (3.743), 4º Londrina (2.787), 5º Ponta Grossa (1.622), 6º Foz do Iguaçu (1331), 7º Umuarama (1133), 8º Apucarana (1.058), 9º Toledo (1.052) e 10º lugar, Pato Branco com saldo de 1.023 empregos.

Apucarana teve de janeiro a maio deste ano, 8.849 admissões e 7.791 demissões, gerando um saldo positivo de 1.058. Com o resultado, a cidade superou Arapongas (38º), Guarapuava (59º), Paranaguá (63º), Cianorte (16º), Paranavaí (67º), Cambé (45º), Jandaia (80º), Ivaiporã (81º) e Rolândia (26º), entre outras cidades.

Para o prefeito de Apucarana, o resultado não ocorre por acaso. “Esse é mais um número que comprova a retomada do crescimento econômico em Apucarana, a partir de importantes ações que estão sendo implementadas, funcionam como indutoras de empreendedorismo, e que encontram respaldo junto aos setores produtivos”, avalia Beto Preto.

QUALIFICAÇÃO– De acordo com ele, nesse contexto se incluem a aposta firme na qualificação profissional, por meio doPrograma Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, oPronatec. “Em parcerias firmadas ao longo de 2013, Apucarana obteve o melhor resultado per capta no Paraná, formando 700 trabalhadores pelo Pronatec”, lembra o prefeito.

Ele destaca que, apesar de disponibilizado pelo Governo Federal, não houve interesse da prefeitura em 2012 e, naquele ano, o Pronatec não formou nenhum turma e nenhum trabalhador em Apucarana. “Em 2014 já formamos mais 200 alunos e esperamos fechar o ano com um novo recorde”, anuncia.

CONSTRUÇÃO CIVIL– Para o engenheiro civil e vice-prefeito Sebastião Ferreira Martins Junior, o “Junior da Femac”, outro fator que comprova a boa fase econômica de Apucarana são os investimentos na construção civil. Ele lembra que, em 2012 a Caixa Econômica Federal liberou R$ 52 milhões em crédito para construção civil em Apucarana. “Em 2013 esse montante saltou para R$ 125 milhões”, assinala.

Conforme argumenta Junior, em 2.012 o Banco do Brasil liberou R$ 6 milhões em financiamentos para imóveis em Apucarana. E, em 2013 esse número cresceu para mais de R$ 20 milhões. Ele acrescenta que o diálogo franco e aberto com todo o setor produtivo, notadamente com interlocutores do polo de vestuário e confecções tem sido constante, sempre buscando apoiar e falicitar os empreendedores com as políticas públicas disponíveis.

Para o engenheiro, a renovação do plano diretor também passou a gerar uma expectativa muito positiva em Apucarana “e isso tem contribuído essencialmente no campo da construção civil”. Ele diz que diversos empreendimentos estão surgindo com a abertura de novas regiões para o crescimento vertical de Apucarana.

CONSUMO DE ENERGIA– Já o secretário de Indústria e Comércio, Laércio Beani da Costa, aponta ainda dentro dos fatores que sustentam essa boa fase de desenvolvimento econômico do município, o crescimento do consumo de energia elétrica na cidade.

No comparativo entre 2012 e 2013, houve um crescimento de 4,7% na demanda de energia em Apucarana, enquanto que no Paraná a média foi de apenas 2,5%. “Por conta disso, a Copel já anuncia investimentos de cerca de R$ 9 milhões em Apucarana para ampliar a oferta de energia, principalmente para o setor industrial”, argumenta o secretário.

Os dados do Caged, para Laércio Beani da Costa indicam que Apucarana está avançando, “obviamente que por mérito dos empresários e investidores que fomentam seus negócios na cidade, mas com total apoio da gestão pública”.

Na avaliação do prefeito Beto Preto, trata-se de um quadro que traz satisfação pelo bom resultado apresentado pela economia de Apucarana. “São números significativos, considerando que, guardadas as devidas proporções, Curitiba, por exemplo, que está em primeiro lugar, tem cerca de 2 milhões de habitantes e gerou no período de janeiro a maio 13, 8 mil vagas de saldo positivo no mercado de trabalho. Já Apucarana, com 130 mil habitantes, alcançou superou o patamar de 1.00 empregos no mesmo período”, pondera ele.

O gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Lucas Leugi, diz que enxerga de forma bastante clara, como principal fator para a boa colocação de Apucarana, os investimentos e incentivos à capacitação e qualificação profissional. “Diariamente deparamos com empresários à procura de trabalhadores qualificados e isso tem sido uma das prioridades eleitas pelo poder público local”, destaca Leugi, acrescentando que, em Apucarana, o setor que mais gerou vagas formais foi, evidentemente, o de vestuário e bonés.

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