Os cerca de 300 alunos do Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas elaboraram ao longo deste ano mais de 40 projetos, que estão sendo apresentados na 33ª Expoagri. A exposição foi aberta nesta quinta-feira (24/11) e se estende até sábado nas dependências da instituição de ensino, no horário das 8 às 18 horas. O evento tem objetivo de fazer a integração da escola com a comunidade, relacionando teoria e prática.

A abertura da exposição ocorreu no salão nobre do colégio e contou com a presença do prefeito de Apucarana, Beto Preto, do diretor-geral da instituição de ensino, Evanildo Mantine, e da chefe do Núcleo Regional de Educação, Maria Onide Balan Sardinha, além de estudantes, diretores de escolas e representantes de sindicatos e entidades do meio rural.

Os projetos foram desenvolvidos por estudantes dos cursos técnicos em agropecuária e em meio ambiente. Os trabalhos são demonstrados na quadra poliesportiva e nos diversos setores da fazenda-escola, que tem 92 hectares de lavoura e 8 mil metros quadrados de área construída. Há setores de suinocultura, bovinocultura, cunicultura, avicultura, horticultura, fruticultura, unidade didático-produtiva, área experimental, fábrica de ração, viveiro de mudas e culturas de soja, trigo, milho, aveia e sorgo.

Na cerimônia de abertura foi veiculado um vídeo relatando a história do Colégio Agrícola, que completa neste ano 58 anos de existência, e fazendo uma homenagem a todos os diretores que presidiram a instituição. “Ao longo da história, mais de 4 mil alunos passaram pelo Colégio Agrícola. Os estudantes vêm de várias partes do Paraná e também de outros Estados. Muita gente sai daqui e volta para suas casas levando conhecimento técnico e pedagógico”, frisa Beto Preto.

O prefeito de Apucarana também destacou a importância do agronegócio na economia dos municípios, especialmente os de pequeno e médio porte. “Aqui se forja o caráter e também o conhecimento, traduzindo em mais ações para a nossa agropecuária. O agronegócio é uma janela de oportunidades da economia. Esses alunos que estudam aqui voltam para seus municípios, tendo a oportunidade de manter a agricultura como um esteio, principalmente nos momentos de crise econômica ”, ressalta.

Beto Preto cita como uma das janelas de oportunidades o programa de fruticultura desenvolvido no município de Apucarana. “Buscamos também uma parceria com o Colégio Agrícola neste sentido, fornecendo mudas de frutas para que sejam utilizadas nas atividades de ensino”, observa, acrescentando que o Município também disponibilizou ônibus para transportar estudantes da rede municipal até a Expoagri.

Conforme Evanildo Mantine, a instituição de ensino conta atualmente com cerca de 300 alunos, oriundos de 70 municípios do Paraná e também de outros estados. “Conseguimos um avanço nestes últimos anos e, do total de alunos, 20% já são de Apucarana e 20% são de mulheres”, informa, lembrando que estão em construção novos alojamentos, representando investimento de cerca de R$ 5 milhões.

Os projetos começam a ser desenvolvidos com cerca de seis meses de antecedência, para serem apresentados durante a exposição. É o caso de um grupo de alunos que está demonstrando a hidroponia, um sistema de cultivo de hortaliças que não precisa de terra. “As plantas são colocadas em tubos, para onde é bombeada a água junto com a solução de nutrientes. Neste sistema, o alface leva cerca de 30 dias para estar pronto parar o consumo, enquanto no solo demoraria uns 45 dias. O custo do sistema é de R$ 70, enquanto as mudas plantadas podem gerar um lucro de R$ 350”, explicam os estudantes.

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