O prefeito Junior da Femac prestigiou, na tarde de ontem (1/7), uma apresentação artística das turmas de 4º e 5º ano da Escola Vida Nova. A atividade, que abordou o tema da cultura indígena, é parte de um projeto de leitura desenvolvido na rede municipal de ensino apucaranense.
De acordo com as coordenadoras pedagógicas da instituição, Janete Grosman e Regina Paschoal, os hábitos e costumes dos primeiros habitantes foram trabalhados a partir de obras que compõem o acervo da Biblioteca Itinerante.
“Os professores utilizaram principalmente os livros ‘A lenda do dia e da noite’, ‘O sumiço da noite’ e ‘Um sonho que não parecia sonho’ para refletir com os alunos sobre as funções de homens e mulheres na aldeia, a hierarquia dentro da tribo, o modo de vida e as crenças dos nativos, entre outros assuntos,” detalha Janete.
Em 2015, a Autarquia Municipal de Educação equipou as salas de aula das 36 escolas da sua rede com bibliotecas itinerantes. Um livreiro também foi repassado para cada CMEI. “São armários com rodinhas que têm capacidade para guardar e transportar até cem obras, selecionadas de acordo com a faixa etária das turmas. O objetivo é que as crianças sempre tenham um livro ao alcance das mãos e desenvolvam o gosto pela leitura,” explica a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.
“Além do conteúdo aprendido com a literatura, a cultura indígena foi trabalhada de maneira interdisciplinar nas aulas de história, geografia e dança,” acrescentou a coordenadora Regina.
O sucesso do projeto de leitura pode ser medido pelas declarações dos alunos. “Eu percebi que cada povo fala uma língua e possui danças, pinturas corporais e costumes diferentes. Os indígenas nos ensinam a fazer um mundo melhor, respeitando a natureza,” disse Vitória Gabriele Tortuga, do 4º ano.
“Os indígenas, africanos e portugueses ajudaram a formar o Brasil. Ao estudar a história deles, nós aprendemos sobre as nossas raízes,” falou João Pedro Franco, do 5º ano.
O prefeito Junior da Femac compartilhou com os estudantes um pouco da história da região. “Os primeiros habitantes do Norte do Paraná pertenciam às etnias Kaingang, Tupi-Guarani e Xetá. Apucarana é um nome de origem indígena que significa ‘floresta imensa’. Parabéns a todos que participaram da apresentação, foi muito bonita,” elogiou o gestor.