A Secretaria da Agricultura da Prefeitura de Apucarana fechou nesta semana um balanço dos primeiros quatro meses de vigência do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM Apucarana). Sancionada em 21 de novembro do ano passado pelo prefeito Beto Preto, seguindo uma determinação do Ministério Público, a obrigatoriedade do SIM Apucarana começou a ser fiscalizada a partir de 22 de maio, depois de 180 dias de orientações. Enquadram-se na exigência do selo, produtores rurais, bem como açougues, mercados, supermercados e hipermercados que manipulam e fracionam produtos de origem animal como leite, queijos e derivados, mel, peixes, lingüiça, carne moída, carnes temperadas, embutidos, charques e todos os cortes possíveis para serem acondicionados em embalagens/bandejas.
Com o trabalho de orientação e fiscalização, vem crescendo o número de produtores e empresas em busca da regularização. Atualmente são seis selos registrados e 15 em fase de implantação. “Com o selo SIM, o consumidor em Apucarana já tem à disposição, por exemplo, mel puro, embutidos e carne de porco, e pescado, como filé de tilápia e peixes inteiros oriundos de um entreposto na cidade cujo procedimento de abate conta com acompanhamento de um médico veterinário do início ao fim”, informa médico veterinário José Luiz Porto, secretário da Agricultura.
Outros três selos foram concedidos a supermercados (Cidade Canção, Super Mufatto e Condor). “Em fase de implantação estão produtores e estabelecimentos que produzem embutidos, laticínios, queijaria, açougue, mercado, entreposto de ovos e também de frios”, revela o Dr. Porto. De acordo com ele, a principal resistência no início foi quanto à necessidade de investimentos para a regularização. “Esse argumento vem sendo quebrado, pois os que já fizeram este investimento estão vendo que tudo será recuperado em médio prazo, considerando que o consumidor valoriza o que é legal”, diz o secretário.
Ele lembra que o Selo SIM é garantia de saúde e que a população deve exigi-lo na hora do consumo. “O consumidor tem o direito de saber o que está comendo e para isto é fundamental que não compre produtos clandestinos”, orienta Dr. Porto. As diligências de inspeção contam com participação da fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal (Visa), órgão da Autarquia Municipal de Saúde. “A existência do selo é a garantia de procedência de que os alimentos estão sendo manipulados, embalados, transportados e comercializados dentro de regras técnicas e sanitárias. Todo produto de origem animal, sem comprovação de origem pode ser prejudicial para saúde. A pessoa tem um vômito, uma intoxicação ou até mesmo uma doença que pode gerar graves seqüelas ou levar a morte e nem se dá conta de que pode ter como causa um alimento contaminado. Então, a atitude a ser tomada é bastante simples. Não tem o selo SIM Apucarana não compre”, defende o secretário.
Responsável pelo acompanhamento técnico e implantação do SIM Apucarana, a médica veterinária da Secretaria da Agricultura, Ana Helena Marvulho, lembra que a implantação do selo é um caminho sem volta e que a prefeitura permanece disponibilizando assessoria gratuita a todos os interessados. “Temos repassado todas as orientações para que o produtor ou empresa se enquadre ao SIM”, diz. O atendimento para esses casos na Secretaria da Agricultura, que funciona à Rua Lapa, 127, ao lado da prefeitura, é de segunda a sexta-feira, entre 13h30 e 17h30. Mais detalhes e agendamento podem ser obtidos pelo telefone 3423-5020.
Denúncias – Produtos de origem animal sem o selo SIM devem ser denunciados à inspeção municipal pelo telefone 3423-5020.
APICULTOR – O primeiro produtor a obter o selo SIM Apucarana foi o apicultor Geraldo Verussa, que tem propriedade rural no Distrito de Correia de Freitas e está no ramo há 37 anos. Ele destaca os ganhos para o consumidor. “Já seguíamos exigências, mas não como estas, cujo sistema é mais rígido. Há despesas para o produtor se adequar, mas o consumidor só ganha, pois é garantia de mais higiene e qualidade. No fim a gente ganha também, pois com o selo a pessoa tem a confiabilidade de que o produto foi inspecionado e vendemos mais”, frisou.
DEFUMADOS – Há 30 anos atuando no ramo de embutidos, defumados e produtos de carne de porco, o produtor Carlos Roberto Nicolini, o popular Mineiro da Feira do Produtor Rural, foi um dos que torceu o nariz para o SIM no início. Ele precisou construir uma nova estrutura, na Estrada da Jangadinha – divisa com Cambira, para atender às exigências da lei. “Não vou negar, pegou de surpresa. Foi difícil no começo. Tive que pegar dinheiro emprestado com a família para construir de acordo com o pedido, mas hoje vejo a importância do selo. A gente trabalha mais sossegado e os clientes estão mais satisfeitos também. Tem o nome da gente, endereço, a garantia da qualidade, tudo como manda o figurino”, aprovou Mineiro.
Pescador enxerga oportunidade
Pescador profissional há mais de 20 anos, Divino Lopes de Oliveira conta que a exigência do SIM veio para incentivar o crescimento de sua atividade. “Quando chegou esta obrigatoriedade tive a ideia de montar um abatedouro. Se não me adequasse não podia mais vender peixe. Agora abri um novo mercado, tem muito pesqueiro procurando o abatedouro para fazer filetagem, que gera uma nova fonte de renda para a família, importante sobretudo na época da piracema, onde a pesca é proibida”, destacou Oliveira.
Ele avaliza a implantação do selo. “É uma ação que precisava. Tem muito produto clandestino”, reconheceu. “Estou muito contente com o SIM, posso comercializar meu peixe com garantia e tranqüilidade”, pontuou. A esposa do pescador, Maria do Carmo Ronchezel, fala das mudanças após a regularização. “Não tivemos obstáculos, a prefeitura deu todo o apoio através da veterinária Ana. O SIM só abriu novas portas, só cresceram as encomendas. Apareceram restaurantes, por exemplo, que por ter o rótulo têm mais confiança no produto. Um indica para o outro, que liga para a gente. Foi um desafio muito grande, mas com a ajuda da prefeitura, vencemos”, comemorou Maria do Carmo.
Ela incentiva a busca pelo selo. “Digo que todos devem procurar a secretaria da Agricultura para se regularizar. Não adianta dois ou três se regularizarem e outros não. E quando isso acontece a pessoa vai ver que as vendas vão girar mais e o lucro será maior. O consumidor valoriza mais quando vê identificação do SIM no seu produto”, comprovou a comerciante.
Com o trabalho de orientação e fiscalização, vem crescendo o número de produtores e empresas em busca da regularização. Atualmente são seis selos registrados e 15 em fase de implantação. “Com o selo SIM, o consumidor em Apucarana já tem à disposição, por exemplo, mel puro, embutidos e carne de porco, e pescado, como filé de tilápia e peixes inteiros oriundos de um entreposto na cidade cujo procedimento de abate conta com acompanhamento de um médico veterinário do início ao fim”, informa médico veterinário José Luiz Porto, secretário da Agricultura.
Outros três selos foram concedidos a supermercados (Cidade Canção, Super Mufatto e Condor). “Em fase de implantação estão produtores e estabelecimentos que produzem embutidos, laticínios, queijaria, açougue, mercado, entreposto de ovos e também de frios”, revela o Dr. Porto. De acordo com ele, a principal resistência no início foi quanto à necessidade de investimentos para a regularização. “Esse argumento vem sendo quebrado, pois os que já fizeram este investimento estão vendo que tudo será recuperado em médio prazo, considerando que o consumidor valoriza o que é legal”, diz o secretário.
Ele lembra que o Selo SIM é garantia de saúde e que a população deve exigi-lo na hora do consumo. “O consumidor tem o direito de saber o que está comendo e para isto é fundamental que não compre produtos clandestinos”, orienta Dr. Porto. As diligências de inspeção contam com participação da fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal (Visa), órgão da Autarquia Municipal de Saúde. “A existência do selo é a garantia de procedência de que os alimentos estão sendo manipulados, embalados, transportados e comercializados dentro de regras técnicas e sanitárias. Todo produto de origem animal, sem comprovação de origem pode ser prejudicial para saúde. A pessoa tem um vômito, uma intoxicação ou até mesmo uma doença que pode gerar graves seqüelas ou levar a morte e nem se dá conta de que pode ter como causa um alimento contaminado. Então, a atitude a ser tomada é bastante simples. Não tem o selo SIM Apucarana não compre”, defende o secretário.
Responsável pelo acompanhamento técnico e implantação do SIM Apucarana, a médica veterinária da Secretaria da Agricultura, Ana Helena Marvulho, lembra que a implantação do selo é um caminho sem volta e que a prefeitura permanece disponibilizando assessoria gratuita a todos os interessados. “Temos repassado todas as orientações para que o produtor ou empresa se enquadre ao SIM”, diz. O atendimento para esses casos na Secretaria da Agricultura, que funciona à Rua Lapa, 127, ao lado da prefeitura, é de segunda a sexta-feira, entre 13h30 e 17h30. Mais detalhes e agendamento podem ser obtidos pelo telefone 3423-5020.
Denúncias – Produtos de origem animal sem o selo SIM devem ser denunciados à inspeção municipal pelo telefone 3423-5020.
APICULTOR – O primeiro produtor a obter o selo SIM Apucarana foi o apicultor Geraldo Verussa, que tem propriedade rural no Distrito de Correia de Freitas e está no ramo há 37 anos. Ele destaca os ganhos para o consumidor. “Já seguíamos exigências, mas não como estas, cujo sistema é mais rígido. Há despesas para o produtor se adequar, mas o consumidor só ganha, pois é garantia de mais higiene e qualidade. No fim a gente ganha também, pois com o selo a pessoa tem a confiabilidade de que o produto foi inspecionado e vendemos mais”, frisou.
DEFUMADOS – Há 30 anos atuando no ramo de embutidos, defumados e produtos de carne de porco, o produtor Carlos Roberto Nicolini, o popular Mineiro da Feira do Produtor Rural, foi um dos que torceu o nariz para o SIM no início. Ele precisou construir uma nova estrutura, na Estrada da Jangadinha – divisa com Cambira, para atender às exigências da lei. “Não vou negar, pegou de surpresa. Foi difícil no começo. Tive que pegar dinheiro emprestado com a família para construir de acordo com o pedido, mas hoje vejo a importância do selo. A gente trabalha mais sossegado e os clientes estão mais satisfeitos também. Tem o nome da gente, endereço, a garantia da qualidade, tudo como manda o figurino”, aprovou Mineiro.
Pescador enxerga oportunidade
Pescador profissional há mais de 20 anos, Divino Lopes de Oliveira conta que a exigência do SIM veio para incentivar o crescimento de sua atividade. “Quando chegou esta obrigatoriedade tive a ideia de montar um abatedouro. Se não me adequasse não podia mais vender peixe. Agora abri um novo mercado, tem muito pesqueiro procurando o abatedouro para fazer filetagem, que gera uma nova fonte de renda para a família, importante sobretudo na época da piracema, onde a pesca é proibida”, destacou Oliveira.
Ele avaliza a implantação do selo. “É uma ação que precisava. Tem muito produto clandestino”, reconheceu. “Estou muito contente com o SIM, posso comercializar meu peixe com garantia e tranqüilidade”, pontuou. A esposa do pescador, Maria do Carmo Ronchezel, fala das mudanças após a regularização. “Não tivemos obstáculos, a prefeitura deu todo o apoio através da veterinária Ana. O SIM só abriu novas portas, só cresceram as encomendas. Apareceram restaurantes, por exemplo, que por ter o rótulo têm mais confiança no produto. Um indica para o outro, que liga para a gente. Foi um desafio muito grande, mas com a ajuda da prefeitura, vencemos”, comemorou Maria do Carmo.
Ela incentiva a busca pelo selo. “Digo que todos devem procurar a secretaria da Agricultura para se regularizar. Não adianta dois ou três se regularizarem e outros não. E quando isso acontece a pessoa vai ver que as vendas vão girar mais e o lucro será maior. O consumidor valoriza mais quando vê identificação do SIM no seu produto”, comprovou a comerciante.
Ana Helena Marvulho (Veterinária da Secretaria de Agricultura)
Carlos Roberto Nicolini (Produtor Rural)
Geraldo Verussa (Apicultor)
Divino Lopes (Pescador)
Maria do Carmo Roquenzel (Produtora Rural)
José Luiz Porto (Secretário de Agricultura)