Com um mutirão de operários, na manhã de domingo (17), a Prefeitura de Apucarana deu início às intervenções que planeja executar na Praça Interventor Manoel Ribas, ou “praça do redondo”, como é mais conhecida. Foram abatidos cinco alfineiros, um flaboyant e duas sibipirunas, do total de setenta e seis árvores da praça, todas exóticas, ou seja, não são nativas e sim plantadas no local.
O prefeito Beto Preto explica que são árvores que estavam comprometidas e que até geravam risco de acidentes com pedestres. Também foi providenciada uma poda de rebrota em oitenta por cento das árvores da praça, além de eliminar parasitas de outras. “As árvores que foram retiradas serão em breve substituídas por outras espécies de menor porte e mais adequadas para o espaço urbano”, anuncia.
Antes do plantio de novas árvores, a prefeitura vai substituir parte dos pavers por ladrilhos hidráulicos, e ainda recuperar tubulações de águas pluviais danificadas. “Com a substituição do piso pretendemos reduzir a absorção de água que, com as fezes das aves, acarretam forte odor em toda a região”, explica Beto Preto.
“Às vezes é preciso tomar decisões contrárias ao que defendo. Porém, neste caso, o abate de árvores é necessário, diante de uma situação de risco sanitário”, pondera. Nossa proposta é revitalizar o ambiente e melhorar os jardins e o calçamento, com investimentos de baixo custo, visando afastar o risco de zoonoses e ampliar a convivência na praça”, comenta o prefeito.
Mudanças foram discutidas em audiências públicas
Várias audiências públicas foram realizadas para discutir a complicada situação da praça, sendo que a última delas convocada por iniciativa do vereador Luciano Molina. E, na última realizada em maio, o então representante da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Thiago Cava,participou da reunião e destacou que o abate de árvores é totalmente legal desde que haja uma compensação ambiental. Ele frisou que nunca proibiu o abate, mas que é necessária uma compensação. “Na Praça em questão, as arvores são exóticas e não nativas. Temos que solucionar o problema antes que vire uma questão de saúde pública”, reforçou a época o promotor.
Desta audiência pública, realizada em maio, participaram moradores e comerciantes da Praça Interventor Manoel Ribas, membros do Legislativo, Executivo e Judiciário, representantes da Feira da Lua, entidades de Classe, o Gaia (Grupo Ambientalista Interdisciplinar de Apucarana), OAB e Conselho Municipal de Meio Ambiente.
 

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