O escritor, tradutor e roteirista Santiago Nazarian ministrou uma palestra nesta segunda-feira (11) em Apucarana. O evento abriu a programação da semana do projeto “Caravana Literária” que é uma iniciativa da Biblioteca Pública do Paraná e faz parte da programação do Mês da Literatura, projeto da Secretaria de Estado da Cultura que promove atividades de incentivo à leitura, entre 24 de agosto e 29 de setembro.
As instituições selecionadas para receber os escritores abrangem as mais variadas regiões do Estado — dos Campos Gerais ao Sudoeste paraense — e são referências entre as quase 500 bibliotecas cadastradas no Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Paraná, coordenado e administrado pela Biblioteca Pública do Paraná (BPP).
Foram contemplados os municípios de Apucarana, Barracão, Cambé, Carambeí, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Guarapuava, Ivaiporã, Mamborê, Mandaguari, Morretes, Paranaguá, Paula Freitas, Pato Branco, Perobal, Pinhão, Pinhais, Piên, Ponta Grossa, Planaltina do Paraná, Rio Negro, Santo Antônio do Sudoeste, São José dos Pinhais, Terra Boa, Terra Rica, Umuarama, União da Vitória, Toledo e Vitorino.
Jovens que participam de atividades no Centro da Juventude tiveram um “bate papo” com muita aprendizagem e interação com o palestrante Santiago Nazarian que tem um vasto currículo. Ele nasceu em 1977 em São Paulo (SP), onde vive. Ele define o seu projeto literário como “existencialismo bizarro”, pelo fato de problematizar questões atemporais da literatura existencialista com cultura pop, humor negro e horror. Escreveu os romances Olídio (2003) — Prêmio Fundação Conrado Wessel de Literatura, A morte sem nome (2004), Feriado de mim mesmo (2005), Mastigando humanos (2006), O prédio, o tédio e o menino cego (2009), Garotos malditos (2012), Biofobia (2014) e Neve negra (2017) — obra com os direitos já vendidos para adaptação cinematográfica —, além da coletânea de contos Pornofantasma (2011). Em uma resenha publicada na Folha de S.Paulo, o jornalista e escritor Cadão Volpato comentou que “Santiago Nazarian vive no limbo a que são relegados os escritores que resolveram tentar um estilo meio fora da caixinha da literatura brasileira. Seus livros falam de drogas, sexo e são mais pesados do que a média”. Em 2007, foi eleito um dos escritores jovens mais importantes da América Latina pelo júri do Hay Festival em Bogotá, na Colômbia. É tradutor, roteirista e escreve resenhas sobre livros. Mantém o blog Jardim Bizarro.