Às vésperas de completar um mês de atendimento, o Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP), uma entidade ligada à Prefeitura e mais conhecido como Casa da Acolhida, já atendeu cerca de 100 pessoas. A maioria delas recebeu refeições, pernoitou no local e seguiu seu destino. Uma parte, no entanto, ainda permanece no município dando continuidade a encaminhamentos para tratamento de saúde, dentário, para clínica de recuperação e para recebimento de benefícios sociais.
Há vários casos, que após intermediação de funcionários da Casa da Acolhida, voltaram para sua família. Outros, em especial os que passam por algum tipo de tratamento, foram encaminhados para Casa de Misericórdia, onde continuam sendo acompanhados pela equipe profissional do Centro POP.
Mas também não faltam casos daqueles que encontraram no Centro POP o apoio que faltava para retomar sua vida na sociedade. São pelo menos sete ex-moradores de rua que foram inseridos no mercado de trabalho e ainda permanecem na Casa do Acolhida, mas já com planos de alugar uma casa.
É o caso de Fábio Ferreira Leite, 22 anos. Morador de Ibiporã, ficou sem teto, juntamente com o pai Cícero, depois que um parente vendeu a casa em que moravam. Passaram algum tempo nas ruas daquele município até que vieram para Apucarana. Sem ter onde ficar receberam informações, na própria rodoviária, da existência da Casa da Acolhida, mantida pela Secretaria Municipal da Ação Social.
Lá, encontraram um local para dormir, fazer as refeições e o que é mais importante: uma oportunidade de retomar sua vida. Através do pastor Aguinaldo de Paula da Igreja Nova Canaã, Fábio conseguiu trabalho na construção civil, como servente de pedreiro.
Ontem, durante mais um dia trabalho numa obra no centro da cidade, ele falou de seus planos para o futuro próximo. “Me ofereceram ajuda e eu aceitei. Tem muita gente que não aceita. Aqui recebi o apoio que tanto precisava e já estou procurando uma casa para alugar e morar com meu pai”, afirma.