A Vigilância Sanitária de Apucarana deu o primeiro passo ontem para solucionar o problema de saúde pública detectada recentemente nas obras paralisadas do “quarteirão da cultura”, nos pavimentos superiores do Cine Teatro Fênix. Uma equipe da Divisão de Controle de Endemias aplicou no local desinfetante à base de amônia, com efeito bactericida e fungicida.
A ação visa inativar possíveis micro-organismos, já que o piso, nos três pavimentos da obra, está coberto por fezes de pombos, que exalam substâncias nocivas. No local ainda havia ratos, morcegos e vários criadouros do mosquito da dengue.
O alto risco de doenças provocadas pelas fezes dos pombos exigiu da equipe o uso de máscara facial completa, com filtro químico, bem como macacão impermeável contra agentes químicos. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Aguinaldo Ribeiro, até meados da próxima semana, será feita a remoção, a seco, das fezes. Depois, o local passa novamente pelo serviço de pulverização, finalizando com a lavagem da área.
Concluída esta etapa, a prefeitura fará a vedação do prédio com telas para impedir a entrada de pombos. A obra do “quarteirão da cultura” está paralisada há 3 anos, período em que a administração municipal deixou o local praticamente abandonado, sem realizar qualquer serviço de manutenção e limpeza.
A gravidade da situação foi detectada já no primeiro mês da atual administração. Ao vistoriar o local, ao lado do promotor de Justiça, Sérgio Salomão, e fiscais da Vigilância Sanitária, Beto Preto definiu o quadro como um retrato do desleixo e da falta de zelo com o patrimônio público.
Para Beto, além do um grave risco de contaminação para todos os moradores vizinhos, a situação representa um prejuízo aos cofres públicos pelo abandono e deterioração de materiais e de vários espaços físicos do prédio.
O diretor presidente da Fundação Cultural de Apucarana, Ednei Mansano, informa que “estão sendo tomadas todas as medidas para resguardar o Patrimônio Público e minimizar o prejuízo da administração anterior.”