Alertada por moradores da região, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) constatou ontem um novo foco de despejo poluente no Lago Jaboti. Em vistoria no local, o secretário Itamar Gomes de Oliveira e o superintendente Éwerton Pires, depararam com um volumoso vazamento de esgoto sanitário.
“Verificamos que um poço de visita da rede de esgoto da Sanepar, situado muito próximo ao lago, estava jorrando esgoto in natura”, informou Oliveira. Segundo ele, o forte odor exalado chamou a atenção da vizinhança, próximo ao Lar São Vicente de Paulo, na Avenida Jaboti.
Para o superintendente da Sema, Éwerton Pires, provavelmente, o problema foi causado pelo entupimento da rede coletora da Sanepar. “O volume de esgoto que está escorrendo para o lago desde domingo é muito grande e, certamente, esta poluição irá causar mais prejuízo ambiental e morte de peixes”, avaliou Pires.
Técnicos da secretaria fizeram a coleta de amostras do despejo poluente junto à rede da Sanepar, e também da água do lago. “As amostras foram encaminhadas a um laboratório de análises ambientais de Londrina”, informou o superintendente da Sema.
Ele revelou que há cerca de 30 dias foi registrada mortandade de peixes no Jaboti. “O resultado do exame laboratorial aponta como causa a falta de oxigênio na água, provocada por contaminação biológica, semelhante a esgoto sanitário”, relatou Pires.
De acordo com a Sema, a Sanepar se isentou de responsabilidade no caso anterior. “Fomos informados de que existem ligações clandestinas na região do Complexo Esportivo Lagoão e que nos próximos dias a Sanepar estará liberando cerca de 70 ligações residenciais nesta área”, disse Oliveira. A sema também investiga lançamentos irregulares de lavanderia e de lava-rápido.
O secretário reiterou que o prefeito Beto Preto determinou maior rigor na fiscalização no entorno do Jaboti. “Queremos recuperar o parque e investir de forma gradativa em diversas melhorias, por isso não iremos tolerar despejos poluentes”, anunciou.