Operários das secretarias de Serviços Públicos, Obras e Meio Ambiente da Prefeitura de Apucarana deram início ontem (segunda-feira – 01/04) a um trabalho de limpeza geral de toda a extensão do Parque Ecológico da Raposa. Já no primeiro dia, grande parte da área recebeu roçagem e, com a ajuda de maquinário e caminhões, toneladas de lixo e entulhos foram removidas para local adequado.
“Além de restos de móveis, material de construção e lixo doméstico, nossas equipes também encontram nesta primeira empreitada indícios de que a mata vem sendo utilizada para acobertar ilícitos, possivelmente para desmanche de automóveis e também furto de cobre da fiação de energia pública”, informa Silnei Bolonheze, superintendente da Secretaria de Serviços Públicos. Por solicitação dos técnicos ambientais, caixas de contenção da água da chuva também começaram a ser construídas desde a entrada do parque para cessar e impedir que novas erosões danifiquem a mata.
O prefeito Beto Preto (PT) lamentou o estado geral da unidade de conservação. “Na última década este local se tornou mais um símbolo triste, um exemplo de como não se deve administrar uma cidade. Contudo, a população pode ter a certeza de que este quadro de abandono já está com seus dias contatos. Com esta primeira intervenção, em duas semanas o parque já terá uma nova apresentação”, anunciou o prefeito. De acordo com ele, a secretaria de Meio Ambiente já trabalha em projetos para devolver ao espaço atrativos e condições tanto para visitação por parte das famílias, quanto para a educação ambiental junto às escolas e também pesquisa científica e acadêmica. “É hora de repensarmos o parque”, disse Beto.
Por se tratar de uma unidade de conservação ambiental, o Parque Ecológico da Raposa, bem como a Colônia Mineira, garantem o chamado ICMS Ecológico para Apucarana, um repasse feito pelo Estado como forma de recompensar os municípios que investem na preservação permanente do meio ambiente. “Já estamos elaborando e vamos enviar projeto de revitalização do Parque da Raposa para o Fundo Nacional de Meio Ambiente. Com isto esperamos um aporte financeiro para complementar os recursos necessários para dar ao parque a condição que lhe é devida em relação à sua importância”, pontuou Éwerton Pires, superintendente da Secretaria de Meio Ambiente.
De acordo com ele, é um pedido tanto do prefeito quanto do secretário Itamar Gomes de Oliveira, que além do repasse do ICMS Ecológico pela conservação da área, Apucarana também, a médio prazo, comece a receber um “plus” pelo quesito “qualidade da conservação”. “Com a atual realidade, só recebemos pela área e não pela qualidade. Com o investimento teremos uma melhor avaliação e por consequência maior fatia no repasse”, explicou. De acordo com ele, a avaliação destes itens é feito anualmente pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Em todo o ano de 2012, Apucarana recebeu R$355.197,31 de ICMS Ecológico, sendo que para o Parque da Raposa foi responsável pela captação de 56% deste total.