A exemplo da área urbana, também os distritos de Apucarana – Pirapó, Caixa de São Pedro, Vila Reis e Correia de Freitas – apresentam baixo índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chicungunha. No levantamento realizado pelo Departamento de Endemias da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, a média de infestação predial é de 0,24%, acima do constatado em julho, quando o índice foi de 0,11%, porém abaixo do estabelecido pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. Em relação à área urbana, o levantamento de outubro foi de 0,7%. Nos quatro distritos pesquisados no período de 07 a 11 de novembro, os agentes de endemias constataram maior incidência do mosquito em recipientes plásticos, latas, sucatas e entulhos.

O vice-presidente da Autarquia Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, após analisar o relatório apresentado pelo Departamento de Endemias, afirmou “que o resultado – acima do anterior – tem relação direta as alterações climáticas verificadas nesta época do ano, com chuvas esparsas e alta temperatura, facilitadores ao desenvolvimento do Aedes aegypti”. De acordo com Bachiega, apenas o trabalho dos agentes de endemias é insuficiente para impedir a disseminação do mosquito transmissor. “É fundamental que a população destas localidades mantenha suas propriedades limpas e evite jogar lixo e entulhos em terrenos baldios. São cinco minutos por semana de verificação nos quintais, tempo suficiente para uma varredura completa do imóvel”, complementa o vice-presidente.

Conforme o relatório do departamento e encaminhado ao Ministério da Saúde, foram registradas infestações prediais nos distritos da Vila Reis – 0,34% – Pirapó – 0,16% – e Caixa de São Pedro – 0,50%. Não houve registro em Correia de Freitas. Emídio Bachiega ressalta que houve um aumento da incidência do mosquito nos três distritos, tomando por base o levantamento anterior, principalmente em Caixa de São Pedro, pois no anterior o índice foi zero.

CARACTERÍSTICAS – A Fundação Osvaldo Cruz, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, realiza estudos sobre o desenvolvimento dos dois insetos. De acordo com a instituição de pesquisa, os insetos necessitam dos mesmos meios para o desenvolvimento. O Aedes aegypti tem maior preferência de pôr seus ovos em criadouros artificiais, já que se adaptou muito bem ao ambiente urbano. Já o Aedes albopictus escolhe lugares com maior cobertura vegetal para viver e se reproduzir, como matas. Seus hábitos são mais silvestres e, por isso, é mais encontrado em áreas rurais e suburbanas. Diferentemente do A. aegypti, o A. albopictus não tem preferência tão assídua pelo sangue humano e se alimenta com certa freqüência em outros animais vertebrados, como cachorros, gatos e bois.

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