Apucarana sediou neste ano cinco competições de âmbito estadual, trazendo para a cidade cerca de 18 mil atletas, dirigentes, equipes de arbitragem e até famílias de atletas. A mais recente e que está em andamento desde sexta-feira é a fase final da divisão B dos Jogos da Juventude do Paraná (Jojup´s). A presença dos adolescentes é perceptível, além dos locais de competição, na área central da cidade.
No shopping Centro Norte, pizzarias e outros estabelecimentos do setor de alimentação, os jogos viraram sinônimo de negócios. Alguns estabelecimentos registral alta de até 30% no período das competições. “Além de elevar a auto- estima dos apucaranenses, os jogos representaram um novo nicho de negócios para comerciantes e prestadores de serviços locais”, assinala o prefeito Beto Preto.
De acordo com cálculos estimativos de dirigentes da Secretaria de Estado de Esportes e Turismo, cada atleta, árbitro e dirigente, além de familiares de atletas e torcedores atraídos pelos jogos têm um gasto diário de R$ 100 a R$ 150. “Com uma permanência média de cinco dias na cidade, esse contingente atrelado aos jogos deixaram em Apucarana neste ano, cerca de R$ 9 milhões em consumo”, avalia Émerson Venturini, supervisor de competições da Secretaria de Estado de Esportes e Turismo.
Venturini revela que apenas nas finais dos Jogos da Juventude do Paraná, que estão acontecendo agora em Apucarana, foram ocupados mil leitos de hotelaria, por equipes de arbitragem e dirigentes. “Todo esse pessoal também acaba consumindo no shopping, em restaurantes, lanchonetes, bares e lojas”, assinala o dirigente da Secretaria de Esportes e Turismo do Paraná.
O prefeito Beto Preto lembra que somente em 2016 Apucarana sediou as finais dos Jogos Escolares do Paraná (JEPS), os Jogos Abertos do Paraná (JAPS), Jogos da Juventude do Paraná (JOJUPS) e mais duas etapas do Projeto Bom de Bola. “Foram cerca de 18 mil pessoas que vieram para cá participar das competições e que, durante esse período, consumiram no comércio local”, destaca ele.
Pela quinta vez neste ano Apucarana está recebendo uma competição oficial do calendário esportivo do Governo do Paraná. Os Jogos da Juventude da Divisão B reúnem 2.500 pessoas entre atletas, técnicos, dirigentes, árbitros e comissão organizadora. São 84 municípios participando.
A competição foi aberta sexta-feira (11), no Complexo Lagoão e prossegue até quinta-feira (17). “O povo de Apucarana nos acolheu para que pudéssemos realizar aqui vários eventos esportivos”, diz o secretário de Esportes e Turismo, Douglas Fabrício. “Esses jovens, amanhã serão os atletas do futuro, que estaremos vendo nas olimpíadas. É uma alegria muito grande, num momento em que o país passa por muitas dificuldades, o governo do Paraná continuar investindo naquilo que é importante”, assinala.
Conforme acrescenta o secretário, além dos investimentos realizados para melhorias de suas praças esportivas, Apucarana também é beneficiada pelo consumo gerado nos jogos. “Além disso, a cidade-sede recebe um aporte de recursos de até R$ 80 mil em cada competições, destinados à compra de material esportivo que fica na cidade”, revela.
Para o gerente de uma rede de lanchonetes no Shopping CentroNorte, Cris Massayuki Kakuta, os jogos aumentam as vendas em até 30%. “Desde o ano passado,quando a cidade passou a receber competições esportivas, sentimos um aumento significativo nas vendas neste período. Os jogos são um atrativo a mais para a cidade”, avalia.
Setor de alimentação registra procura maior
Fora do Shopping CentroNorte, o setor de alimentação também tem registrado aumento nas vendas. Celso Tamura, proprietário de uma pizzaria na área central da cidade, avalia que a procura aumenta principalmente nas fases finais das competições. “É comum os professores e técnicos pagarem uma rodada de pizza para incentivar os alunos”, diz.
De acordo com Tamura, o movimento em períodos de jogos tem um acréscimo entre 5 e 10%. “A realização dos jogos é positiva justamente por atrair mais pessoas e movimentar a economia”, comenta.
Se depender do atleta de handebol, de Marechal Cândido Rondon, Clóvis Schweinberg, 14 anos, o movimento nas lanchonetes e pizzarias vai continuar. “À noite, provavelmente vamos no shopping”, revela. Mas,os jogos para ele vão além: “É uma oportunidade de conhecer lugares novos e fazer amigos”, diz.
Já as amigas e atletas de handebol de areia Flávia Ferreira, 14, Andressa Camila da Silva, 14, e Maria Eduarda dos Santos, 14, de Paranavaí, garantem que o foco é a competição. E a alimentação faz parte dos preparativos. “Vai depender do técnico”, brincam, mas o desejo, é claro, é comemorar o desempenho fora do alojamento.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte