O prefeito Júnior da Femac oficializou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o posicionamento contrário do município quanto à instalação de uma nova praça de pedágio na BR-376, entre o município de Califórnia ou mesmo na região de Mauá da Serra. O manifesto junto à autarquia do Governo Federal foi protocolado no final da manhã desta terça-feira (02/03) pela Prefeitura de Apucarana.
Além de notificar oficialmente a agência sobre a posição do município, o protocolo contém uma série de reivindicações que a serem consideradas no edital de concorrência para a nova concessão. “Essa luta é de todos nós. Apucarana é contra a nova praça entre Califórnia e também no trecho até Mauá da Serra. Deixamos isso bem claro, de forma oficial, documental: mais pedágio não. Também reivindicamos a inclusão da exigência de que a vencedora construa passarelas em trechos urbanos da rodovia para que os pedestres tenham segurança ao transpor a via”, disse o prefeito.
Júnior citou a necessidade de passarelas na Avenida Minas Gerais (imediações da Praça Melvin Jones – Vila Nova), no Contorno Sul (Rua Sussumo Shimura) e defronte ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado do Exército Brasileiro (30º BIMec).
Responsável pela regulação das atividades de exploração da infraestrutura ferroviária e rodoviária federal e de prestação de serviços de transporte terrestre, a ANTT foi incumbida pelo Ministério da Infraestrutura e Logística de realizar consultas públicas em todo o Paraná sobre o novo modelo de pedágio que o governo federal está propondo para as rodovias que formam o Anel de Integração no Paraná.
Durante audiência realizada em Apucarana, no último dia 24, o prefeito Júnior da Femac já havia tecido duras críticas ao atual modelo de concessão, cujo contrato de 24 anos termina em novembro deste ano. “Foram mais de duas décadas de promessas não cumpridas e de obras não realizadas. Apucarana perdeu o seu contorno leste que estava contratado na concessão e ninguém deu satisfação sobre isso. Aliás, essa concessão prejudicou demais o Paraná, com as tarifas mais caras do Brasil”, afirmou o prefeito de Apucarana.
Segundo pontuou Júnior da Femac, a proposta da nova concessão deve ser discutida com transparência e profundidade. “As cidades do Norte do Paraná foram planejadas e construídas interligadas, separadas uma das outras por 10 ou 15 quilômetros. Trata-se de um eixo urbano, e não dá para admitir em hipótese alguma a implantação de mais praça de pedágio neste trecho, conforme está previsto para a BR-376, entre Califórnia e Apucarana”, argumentou o prefeito, acrescentando ainda que “a região não irá aceitar mais uma porteira no desenvolvimento do Vale do Ivaí”.
No estudo da nova concessão, Apucarana está contemplada na nova concessão com obras do Lote 03. A execução do Contorno Leste da cidade e a duplicação da PR-170 (Contorno Norte). Também está prevista a duplicação dos 56 quilômetros da BR-376 – que ficaram para trás – na ligação entre Apucarana-Ponta Grossa.
Pela proposta, a maioria das obras deverá ser entregue até o sétimo ano dos contratos (2029), que terão duração de 30 anos. O projeto estima uma redução de valores que varia de 25% a 67%, para veículos de passeio, e entre 15% e 63%, para veículos comerciais.