Em agenda cumprida anteontem, no Ministério das Cidades, em Brasília, o prefeito Beto Preto foi recebido em audiência pelo secretário nacional de transportes e da mobilidade urbana, Dario Rais Lopes; e pela gerente de projetos, Cristina Maria Soja. Na ocasião, o prefeito fez a entrega do recém-aprovado Plano de Mobilidade Urbana de Apucarana.

“Trata-se de uma etapa importante que estamos cumprindo, considerando que somente os municípios qualificados, tendo realizados estudos, audiência pública e com o plano aprovado no legislativo local, terão acesso a recursos e convênios do Governo Federal”, pondera o prefeito Beto Preto.

Segundo ele, esse é o mais completo diagnóstico de planejamento urbano de Apucarana realizado nos últimos 30 anos, que dará diretrizes para as soluções de curto, médio e longo prazo na cidade.

“OPlano Municipal de Mobilidade Urbana é uma exigência da Lei Federal nº 12.587/12, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana”, assinala o prefeito.

Ele revelou ao secretário nacional de transportes e da mobilidade urbana, que o trabalho em Apucarana envolveu a realização de um workshop com os principais agentes que lidam com a mobilidade urbana no Município. “Também promovemos uma audiência pública, na qual foram colhidas sugestões da população. E, por último, elaboramos o projeto de lei que foi discutido, votado e aprovado pela Câmara de Vereadores”, explicou.

De posse de um exemplar do Plano de Mobilidade Urbana de Apucarana, o secretário Dario Lopes destacou a qualidade do estudo e as intervenções propostas no planejamento de curto, médio e longo prazo. O prefeito Beto Preto explicou que a cidade possui quatro grandes obstáculos urbanos, que são duas rodovias e duas ferrovias. “Apucarana precisa aprender a conviver com estes obstáculos urbanos, gerando maior fluidez, mais transposições ferroviárias, mais ligações interbairros e pontos de conversão”, opinou.

Segundo o diretor da Pullin Consult, Humberto Pullin, o caderno de prognóstico, contendo 300 páginas, contém sugestões que estão sendo apresentadas para o convívio harmonioso das pessoas no meio urbano, objetivando a segurança, fluidez e acessibilidade. “Apucarana está avançada neste campo, cidades como Londrina, Maringá e Arapongas, além de centenas de outras no País, sequer licitaram o estudo e elaboração de seus planos”, avalia Pullin.
O prognóstico prevê ações a curto (5 anos), médio (10 anos) e longo prazo (20 anos), apresentando cenários e proposições, considerando o pedestre, o automóvel, a motocicleta e o ônibus.

Entre as sugestões de curto prazo, estão a revitalização da Avenida Minas Gerais, transformando-a em via expressa. “Atualmente, é uma via rodoviária que registra grande número de acidentes. A intervenção visa gerar mais segurança para pedestres e veículos, especialmente nas conversões”, explica.
Outra medida prevista para o curto prazo é a implantação de um Terminal Logístico de Cargas. “O objetivo é que veículos com características rodoviárias não entrem na cidade. Para isso, haveria a possibilidade do transbordo de caminhões maiores para menores e, no caso da descarga de grãos, a emissão de senhas para evitar a formação de filas e as esperas dos caminhões dentro do perímetro urbano”, esclarece.

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