Um mês após assegurar o repasse anual de quase R$ 23 milhões ao Hospital da Providência, a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) assinou nesta terça-feira (30/12) contrato com o Hospital Materno Infantil no valor de R$ 7.719.187,92. As duas unidades são administradas pelo Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba e, juntas, receberão mais de R$ 30 milhões anualmente para o custeio de serviços. No caso do contrato com o “Materno Infantil”, os recursos são destinados para atendimentos nas áreas de obstetrícia, pediatria e UTI Neonatal.

No ato de assinatura do contrato, que aconteceu no prédio da Autarquia Municipal de Saúde, o prefeito de Apucarana, Beto Preto, foi representado pelo secretário municipal de Saúde, Roberto Kaneta, e pelo superintendente de Serviços de Saúde, Hélio Kissina. Já o Hospital Nossa Senhora das Graças, que mantém o Providência e o Materno Infantil, foi representado pela diretora da instituição hospitalar, irmã Geovana Aparecida Ramos, e pelo gerente administrativo e financeiro, Valdemir da Silva Salata.

Ao comentar a assinatura do contrato, o prefeito de Apucarana lembrou que gestões feitas, nos últimos dois anos, junto ao Governo Federal garantiram um aumento de 82,95% em recursos do SUS para o Hospital da Providência e o Materno Infantil. “O reforço de verbas foi conquistado em 2013, ainda na gestão do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Atéoutubro de 2013existia apenas um único contrato. Ele foi desdobrado, em novembro de 2013, em dois contratos: Hospital da Providência e Hospital da Providência Materno Infantil. No mês de novembro, foi renovado o contrato com o Hospital da Providência, com valor anual de R$ 22.545.658,91 e agora foi renovado o contrato com o Materno Infantil, no valor de R$ 7.719.187,92”, detalha Beto Preto.

De acordo com o secretário de Saúde, Roberto Kaneta, o contrato tem vigência de 12 meses e os valores são transferidos mensalmente pelo Ministério da Saúde – via Sistema Único de Saúde (SUS) – à Autarquia Municipal de Saúde, gestora plena da saúde em Apucarana, que faz os repasses ao hospital. Kaneta frisa ainda que neste contrato foi incluída uma cláusula que prevê prestações de contas periódicas da aplicação dos recursos ao Conselho Municipal de Saúde. “Isso garante ainda mais transparência ao contrato, que define também metas, parâmetros de atendimento, as obrigações e forma de atendimento”, explica Kaneta.

O superintendente de Serviços de Saúde da AMS, Hélio Kissina, afirma que o contrato reforça a parceria entre o município e o hospital, além de permitir o acompanhamento por parte da sociedade. “A prestação periódica de contas é uma ferramenta que não existia. Com isso, todas as informações do contrato estarão disponíveis a toda a população de forma clara e bem definida”, avalia.

A irmã Geovana destaca que o novo contrato ajudará o hospital a manter o foco cada vez mais no paciente. “Estamos trabalhando muito a qualidade e a segurança do paciente, que é a razão da nossa administração”, destaca a irmã Geovana, citando ainda que os recursos permitirão fazer melhorias no atendimento da gestação de alto risco, área em que o Hospital Materno Infantil é referência, fazendo parte da Rede Mãe Paranaense.

Além do contrato que foi assinado, o Município contribui ainda custeando o aluguel do prédio onde funciona o Hospital Materno Infantil, no valor de R$ 37 mil. Mesmo assim, conforme a irmã Geovana, os recursos não são suficientes para manter a unidade. “Nosso déficit mensal é de cerca de R$ 100 mil, valor que precisa ser complementado com outras ações e recursos de outras unidades”, pondera.

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