A Secretaria de Indústria e Comércio da Prefeitura de Apucarana, em conjunto com a Companhia Paranaense de Gás (Compagas), já trabalha em um estudo de análise de viabilidade visando a implantação de um modal de distribuição de gás natural no município. O primeiro passo está sendo o levantamento da demanda, com aplicação de questionário junto às indústrias locais, em especial as que utilizam gás liquefeito de petróleo (GLP), óleos ou lenha como combustível.
A intenção de viabilizar um modal na cidade, em formato semelhante ao que já existe em Londrina, foi tema de uma reunião realizada nesta quinta-feira (21/03), no gabinete municipal, entre o prefeito Júnior da Femac, o assessor da presidência da Compagas, Alexandre Lima, o gerente de Planejamento da Compagas, Guilherme Bedene, e o secretário Municipal de Indústria e Comércio, Edson Estrope. “Já estamos trabalhando neste protocolo de intenções há um bom tempo com a Compagas. Teve início com o ex-prefeito Beto Preto e agora estamos dando sequência, com expectativas muito positivas de que possa se tornar viável muito em breve”, frisa Júnior. Segundo ele, esta foi a terceira reunião realizada entre as partes.
Na visão da administração municipal, o gás natural agregaria muito ao desenvolvimento econômico de Apucarana. “Alem de atender aos empresários já estabelecidos, com um produto que possui um preço muito competitivo com relação aos outros combustíveis, sem dúvidas a disponibilidade de gás natural seria mais um grande diferencial de Apucarana na atração de novos empreendimentos”, pontua o prefeito.
Trinta e cinco indústrias foram contatadas pelo município para responder ao questionário de viabilidade. “Estamos aguardando o retorno das informações que serão prontamente repassadas à Compagas. A empresa irá tabular os dados e traçar o diagnóstico de viabilidade, mas não tenho dúvidas de que irá apenas comprovar o grande potencial que Apucarana possui para receber um modal de gás natural”, disse o prefeito Júnior da Femac.
Nos próximos dias, uma equipe da companhia também deve realizar visitas às empresas apucaranenses para apresentar o projeto. “A Compagas tem interesse na interiorização de seus serviços, hoje mais concentrados na região de Curitiba e Litoral, e Apucarana está aberta a absorver esses investimentos”, afirma Júnior.
Além da qualidade e da segurança, uma das vantagens para o empresário realizar a troca de combustível é o preço. “O gás natural é pelo menos 30% mais barato do que outras fontes, como o GLP ou a lenha que está cada vez mais escassa e, consequentemente, ficando mais cara”, observa Edson Estrope, secretário Municipal de Indústria e Comércio. Segundo ele, o foco principal da Compagas na cidade é a indústria, mas uma vez havendo a implantação de um modal outras ramificações podem ocorrer. “Temos cerca de 80 mil veículos e com a chegada do gás natural pode-se ocorrer a implantação do GNV (Gás Natural Veicular) nos postos de combustíveis, por exemplo”, diz o secretário. “Outros empresários que desejem responder ao questionário ou obter mais informações sobre o assunto podem entrar em contato com a nossa secretaria, pelo telefone 3422-3000”, conclui Estrope.
Uma reunião técnica sobre a possibilidade de implantação de um modal de gás natural em Apucarana será realizada dia 9 de abril, às 19 horas, no Recinto Milton Alcover, do Parque de Exposições Ney Braga, durante a Exposição de Londrina. “Todos os empresários da cidade interessados no assunto, independente de terem ou não respondido o questionário de demanda, estão convidados a participar. Será um momento de explanação do projeto e de esclarecimento de dúvidas”, explica Alexandre Lima, assessor da presidência da Compagas.
O modelo a ser implantando em Apucarana, explica o gerente de Planejamento da Compagas, Guilherme Bedene, vai depender do resultado do estudo de viabilidade. “Com a oficialização da demanda real, vamos poder sugerir o modal mais viável para Apucarana, que poderá ser o modelo de Londrina, que é o GNL – Gás Natural Liquefeito, onde há uma central que recebe o combustível e distribui para as indústrias e postos de combustíveis, ou o GNC – Gás Natural Comprimido, que também já temos cases de sucesso no Paraná e que é a modalidade onde o combustível é comprimido em caminhões e descomprimido diretamente na fonte recebedora”, explica Bedene. Além das indústrias e veículos, o gás natural também é viável para atender residências e comércios.