A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 HORAS) de Apucarana é uma das primeiras do Brasil que já estão integradas com a Rede de Suporte Remoto em Eletrocardiograma. A meta do Ministério da Saúde é implantar e manter 200 pontos remotos em cinco estados (São Paulo, Paraná, Bahia, Pernambuco e Distrito Federal).

A distribuição dos equipamentos foi definida com gestores estaduais e municipais, seguindo o critério populacional e as necessidades mais imediatas. E, no caso de Apucarana, a reivindicação apresentada pelo prefeito Beto Preto teve a intermediação direta da senadora Gleisi Hoffmann.

Trata-se de uma rede informatizada de apoio à assistência em ambientes de emergência e de tratamento intensivo. De acordo com o médico e prefeito Beto Preto, o sistema permite que plantonistas das UPAs tenham acesso a orientações de médicos especialistas (cardiologistas) à distância e em tempo real. “Trata-se de um avanço significativo para Apucarana e os nossos usuários do Sistema Único de Saúde, o SUS”, assinala.

O secretário de saúde, Roberto Kaneta, avalia que o equipamento que já está em funcionamento é muito importante para uma estrutura de atendimento como a UPA. “Ele viabiliza um diagnóstico precoce de alterações do coração e em 5 minutos gera informações precisas – via online – de cardiologistas do Incor (São Paulo), contribuindo para que os médicos plantonistas da UPA adotem providências seguras”, explica Kaneta.

Pacientes que têm histórico de hipertensão, diabetes ou cardiopatias já estão sendo atendidos com o uso de “teleletrocardiografia” na UPA de Apucarana. Para o médico plantonista Elias Maluf o equipamento ajuda muito nestes tipos de casos, pois o laudo de cardiologistas do Incor é rápido, contribuindo para o encaminhamento dos pacientes.

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Diagnósticos do coração saem em 5 minutos

Nesta semana, a reportagem acompanhou o atendimento de dois pacientes em menos de 30 minutos. Um deles que trabalha como pintor (38 anos) e é hipertensivo, passou mal e foi atendido primeiro numa Unidade Básica de Saúde, sendo transferido para a UPA por uma equipe do SAMU.

Ele apresentava 21 por 10 de pressão arterial e dor contínua na altura do estômago. Os sensores foram colocados em seu tórax e o diagnóstico saiu em apenas 5 minutos, sendo assinado pelo cardiologista Felipe Ortêncio, do Incor. Da UPA o paciente foi medicado e encaminhado direto para um cardiologista.

Outro paciente, de idade mais avançada e que faz uso contínuo de remédio para controle de pressão arterial, chegou ao UPA com um quadro preocupante. Ele teve um laudo ainda mais rápido, tranqüilizando familiares que o acompanhavam.

O médico Beto Preto diz que agora os plantonistas da UPA têm um conjunto de informações e de ferramentas para a tomada de decisões em emergências relacionadas às doenças do coração. “O que faz a diferença é a experiência dos especialistas do Incor, que pode ser compartilhada com os profissionais que estão aqui na outra ponta do sistema de saúde pública”, enfatiza.

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