O 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec) prestou homenagens aos combatentes brasileiros que lutaram na 2ª Guerra Mundial. Durante a solenidade, realizada em frente ao Monumento do Expedicionário, pracinhas que moram atualmente na região lembraram de episódios dos combates. Um deles empunhou um periódico de 8 de maio de 1945, que trazia a manchete na primeira página: “Raiou o dia da Vitória”. A matéria, publicada no Jornal O Dia, de Curitiba, noticiava o fim do sangrento conflito, que durou seis anos e contou com a participação de cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

O evento foi organizado pelo 30º BIMec, que deslocou 110 homens do efetivo para participar da homenagem, realizada no Centro Cívico José de Oliveira Rosa, onde fica o monumento. O ato foi presidido pelo tenente-coronel Marcio Luiz Passos Tibério, comandante do 30º BIMec, e contou com a presença do prefeito de Apucarana, Beto Preto, e do presidente da Câmara de Vereadores, José Airton Deco de Araújo, além de várias outras autoridades militares, entre as quais Aimoré Nunes Moreira, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, e Hemerson Saqueta, comandante do 4º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros.

O comandante da unidade local do Exército fez a leitura da ordem do dia, lembrando que o 8 de maio de 1945 ficou conhecido como o Dia da Vitória, pois marcou a derrota da Alemanha nazista em favor das forças aliadas. De acordo com o tenente-coronel, a vitória pôs fim a um prolongado sofrimento, que sacrificou a vida de milhões de pessoas e destruiu muitas cidades. Tibério também destacou a responsabilidade e a competência profissional da força brasileira, que conquistou o respeito e a admiração dos demais combatentes das forças aliadas.

O prefeito de Apucarana afirma que os ex-combatentes levaram o nome do Brasil e são um exemplo que precisa ser atualizado. “Eles passaram todas as dificuldades de uma guerra e hoje travamos outras guerras, seja contra as drogas ou a miséria. Precisamos usar o exemplo deles e aplicar nas escolas e unidades de saúde, dando as respostas que a população quer. É preciso empunhar essa bandeira, levando adiante os ideais pátrios”, frisa Beto Preto.

DEPOIMENTO – Durante a solenidade, que contou ainda com a presença de colaboradores eméritos e amigos do Exército, foi entoada a Canção do Expedicionário e depositada uma corbelha de flores no monumento erguido em homenagem aos ex-combatentes. Faustino Mendes, que lutou na guerra e hoje está com 94 anos, apresentou um jornal da época que anunciou a vitória e relembrou as batalhas. “Não tínhamos roupas adequadas para o frio e lutamos com uniformes que foram doados pelos americanos. Quando vencemos a guerra, estávamos quase na divisa da França. Foi uma alegria imensa naquele momento, mas a guerra é pura tristeza, tanto para militares quanto para civis”, descreve.

Além de Mendes, que hoje mora em Maringá, estiveram presentes durante a homenagem outros ex-combatentes: Antônio Ferreira Dantas (Marilândia do Sul), Estanislau Milak (Maringá), João Estevam Bergamo (Astorga), João Gonçalves da Silva (Apucarana), José Dias (Guaraci) e José Soares Neto (Londrina).

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