Na manhã de ontem (20/2), um grupo formado por psicólogos, psicopedagogos e uma professora especialista em Educação Especial e mestre em Educação, assessores da Gerência de Apoio Psicopedagógico (GAP), da Autarquia Municipal de Educação (AME), visitou o Instituto Maringaense de Autismo (IMA), em Maringá. O objetivo da visita foi conhecer de in loco o trabalho dessa instituição, que é referência no tratamento de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na região.
Fundado em 2018, pelos empresários Gilberto Palma e Michele Margarida Capdeboscq, o IMA tem se destacado pelo atendimento especializado, voltado ao desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação de pessoas com autismo. Michele Capdeboscq, mãe de um adolescente diagnosticado com TEA, compartilhou detalhes sobre os serviços oferecidos pela instituição: “Nosso instituto disponibiliza atendimento interdisciplinar, com atividades como minimercado, pista de trânsito, horta e quadra esportiva, que favorecem a prática de atividades físicas e a socialização. Também oferecemos cursos de capacitação para pais e profissionais e realizamos palestras de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista para a comunidade”, explicou.
A secretária da AME, Ana Paula do Carmo Donato, ressaltou a importância da parceria com o IMA para a Rede Municipal de Educação. “Atualmente, atendemos cerca de 400 crianças com diagnóstico de TEA, além de muitas outras que ainda estão em fase de diagnóstico. A visita ao IMA foi extremamente enriquecedora, pois nossos profissionais puderam acessar informações atualizadas, que certamente contribuirão para aprimorar o atendimento aos nossos estudantes autistas”, afirmou.
Além dos atendimentos, o IMA disponibiliza material pedagógico específico para conscientização sobre o autismo, que pode ser utilizado em sala de aula. Michele Capdeboscq também é escritora e autora dos livros “Amigo Teaddy na Escola” e “Abracinho na Escola”.
De acordo com dados divulgados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em 2023, o Transtorno do Espectro Autista afeta uma a cada 36 crianças. Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por uma condição permanente. O autista pode ter seu desenvolvimento por meio de intervenções que possibilitem melhorar suas habilidades sociais e alcançar maior autonomia.
