Lideranças ligadas aos setores empresarial, educação, saúde, entidades sociais e religiosas participaram nesta terça-feira (29/10), na sede do Senac, de uma reunião com membros do Comitê Gestor Intersetorial para o Controle da Dengue no Município de Apucarana. Na oportunidade, os presentes foram alertados sobre o atual cenário epidemiológico da doença na cidade – classificado pelas autoridades em saúde como “preocupante” – e convocados a serem multiplicadores junto aos seus públicos, sobre a relevância das ações preventivas, agindo no sentido de eliminar todos os ambientes que possam servir de foco de proliferação do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue, zika e chikungunya, ou seja, que possam acumular água.

Segundo afirma o enfermeiro Luciano Simplício Sobrinho, coordenador da Divisão Municipal de Vigilância Epidemiológica e que esteve à frente do momento de mobilização das lideranças, o objetivo da Saúde Municipal é fazer com que a sociedade compreenda que, ao lado do poder público, também possui importante responsabilidade no combate a dengue. “Apresentamos as estratégias e tecnologias utilizadas pelo nosso departamento e deixamos bastante transparente que a luta contra a dengue é coletiva. Assim, a presença das lideranças foi importante no sentido de motivá-las a serem multiplicadoras junto aos colaboradores, no caso do empresariado, aos alunos, pacientes e fiéis (entidades religiosas) desta mensagem de alerta sobre o risco da doença. A mobilização social e utilização de ações coordenadas são importantes estratégias para que não voltemos a passar momentos difíceis como vivenciamos no último ciclo epidemiológico”, disse Sobrinho.

A confirmação crescente de novos casos em todo o Paraná e, em especial em cidades vizinhas, tem motivado a Secretaria de Saúde de Apucarana a promover a intensificação das estratégias de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Conforme tem reforçado diariamente o prefeito Júnior da Femac, o cenário atual é de perigo. “Faço um apelo a toda população para que, juntamente com o poder público, desde já faça a sua parte para evitarmos a proliferação do mosquito e, consequentemente, novos casos de dengue na cidade. A dengue mata e todos devemos fazer a nossa parte”, alertou o prefeito Júnior da Femac.

O secretário Municipal da Saúde, Dr. Emídio Bachiega relata que a Ouvidoria da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) tem um número de telefone celular, que também tem o aplicativo de mensagem WhatsApp, onde as pessoas podem encaminhar denúncias. “Temos o disque-denúncia de combate a dengue, no número 99967-0860 onde a pessoa, sob condição de anonimato, pode relatar situações irregulares, inclusive enviando fotos ou vídeos, que serão averiguadas pela nossa fiscalização”, comunica Bachiega, pedindo ainda que os moradores sempre que visitados, abram as portas para os agentes de endemias.

Neste ano, o ciclo epidemiológico da dengue teve início em 28 de julho e se encerra apenas no final de julho de 2025. “Além de fazer o trabalho preventivo, mantendo quintais e ambientes de trabalho livres de água parada, importante que a população fique atenta aos sintomas da doença e, nos primeiros sinais, a pessoa procure de imediato a rede de saúde”, alerta o secretário. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

“Em Apucarana mantemos a UBS Bolivar Pavão, no Jardim América, como referência no atendimento de casos de dengue. A unidade, de pronto atendimento, está aberta de domingo a domingo. De segunda-feira a sexta-feira funciona entre 7 e 22 horas e, sábados, domingos e feriados das 8 às 22 horas”, finaliza Dr. Emídio Bachiega, secretário Municipal de Saúde. Também participou da reunião com lideranças, o técnico da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Pablo Alfredo Saito e membros do Núcleo Regional de Saúde.

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