O Dia Nacional do Surdo é comemorado anualmente em 26 de setembro. Em alusão à data, a Autarquia Municipal de Educação realizou, ontem, no Polo UAB, um encontro entre professores e alunos surdos, além dos seus familiares. O evento contou com apresentações na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e cumpriu o objetivo de valorizar a cultura dessa comunidade.
Atualmente, doze alunos surdos encontram-se matriculados na rede municipal de ensino. O Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (CAME), órgão ligado à Autarquia Municipal de Educação, é responsável por garantir a eles o atendimento especializado que necessitam no processo de ensino-aprendizagem.
“Em Apucarana, as crianças surdas têm o acompanhamento de intérpretes nas classes regulares e frequentam uma sala de recursos multifuncionais surdez no contra turno, onde assistem a aulas de língua portuguesa e Libras,” explica a coordenadora do CAME, Léia Sofia Viale.
“Para promover a inclusão, nós também desenvolvemos um projeto há vários anos que estende o ensino de Libras para os alunos ouvintes, nas escolas em que temos surdos matriculados. Pois, a comunicação e a interação só ocorrem de fato quando todos dominam os sinais,” acrescenta a professora da sala de recursos multifuncionais surdez, da Escola João Antônio Braga Côrtes, Sílvia Dorotéia Colombo.
A secretária municipal de educação, Marli Fernandes, ressalta que ter acesso e permanecer no ensino regular é direito das pessoas com deficiência. “Na gestão Beto Preto e Junior da Femac, o compromisso é com a aprendizagem de cada um, com o pleno desenvolvimento do potencial humano,” disse.
Em 2019, o polo apucaranense da Universidade Aberta do Brasil também abriu um curso básico de Libras para 30 professores da rede municipal de ensino. “A formação foi viabilizada graças a uma parceria com a Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Nas aulas, presenciais e a distância, os participantes aprendem sobre os fundamentos e legislações, o alfabeto manual, a datilologia, a expressão corporal e facial e a gramática da língua de sinais,” complementa a coordenadora do Polo UAB, Sueli Gomes Rêis Gonçalves.