A Autarquia de Educação (AME) e a Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur) renovaram a parceria para o desenvolvimento do projeto “Valorização à Cultura Afro-Brasileira” nas 36 escolas municipais de Apucarana, no ano letivo de 2024. Desde ontem (7/3), agentes da cultura estão visitando as unidades e apresentando a peça de teatro de fantoches “Menino Marrom” às turmas do 4º Ano do Ensino Fundamental.
A secretária de educação, professora Marli Fernandes, destaca que o projeto de “Valorização à Cultura Afro-Brasileira” é abrangente e envolve os 12,6 mil estudantes da rede municipal de Apucarana. “Durante todo o ano, os professores trabalham a temática nas salas de aula, de forma bastante lúdica, em conformidade com a faixa etária das crianças, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96) e com a lei que incluiu o ensino da história e da cultura afro-brasileira nos currículos escolares (Lei nº 10.639/2003). O teatro de fantoches “O Menino Marrom”, porém, é destinado apenas às turmas do 4º Ano, cujos alunos já têm maturidade suficiente para compreendê-lo,” explicou.
“Essa peça teatral é uma adaptação do livro “O Menino Marrom”, do escritor Ziraldo, feita pela professora e psicóloga Mara Prates. Por meio da história, as crianças são convidadas a refletir sobre diversidade étnico-racial e a importância do respeito e da amizade. Além disso, nós também apresentamos a eles a música Menina Pretinha, da MC Soffia, que questiona os padrões de beleza impostos pela mídia,” disse Carlos Alberto Figueiredo, superintendente da Promatur e coordenador de diversidade cultural plural do Movimento Apucaranense da Consciência Negra (MACONE).
Para o prefeito Junior da Femac, é fundamental que os estudantes aprendam sobre a história e a cultura afro-brasileira desde a mais tenra idade. “O Brasil é provavelmente o país com a maior miscigenação no mundo. Com antepassados indígenas, africanos, europeus e asiáticos, o brasileiro tem no seu DNA uma imensa e complexa mistura. O último censo, realizado em 2022, revelou que 45,3% da população se declara parda e 10,2%, preta. As crianças não nascem racistas e preconceituosas e é nosso dever garantir que elas permaneçam assim ao longo da vida, por meio de uma educação que tenha como foco o respeito e a valorização ao próximo,” afirmou.
A Escola Municipal José Idésio Brianezi, no Núcleo João Paulo, foi a primeira unidade que recebeu a visita dos agentes culturais, na manhã de ontem (7/3).