Pais, professores e amigos de autistas participaram, no último sábado (7/4), em Apucarana, de uma caminhada de conscientização. O grupo de cerca de trezentas pessoas saiu da Catedral Nossa Senhora de Lourdes e percorreu as Avenidas Curitiba e Corifeu de Azevedo, até o Complexo Esportivo José Antônio Basso, o “Lagoão”. No local, as crianças se divertiram com brinquedos infláveis e receberam lanches e guloseimas.
O objetivo do evento, que marcou o encerramento da Semana de Conscientização sobre Autismo, é evitar o preconceito e atuar na defesa dos direitos das crianças e jovens autistas. A realização foi de iniciativa da Associação de Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses e do Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (CAME), órgão ligado à Autarquia Municipal de Educação.
A secretária de educação, professora Marli Fernandes, representou o prefeito Beto Preto na caminhada, e lembrou que Apucarana tem pouco mais de 50 autistas em idade escolar. “Vinte e seis deles estão integrados nas escolas e CMEIs municipais e recebem atenção especial na parte pedagógica e psicológica”, informou.
A coordenadora do CAME, Lea Sofia Viale, diz que os alunos autistas têm adaptação curricular, professores de apoio e todo o atendimento diferenciado que se faz necessário. “A Associação de Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses surgiu dentro do CAME e, desde então, vem ganhando mais força na luta contra o preconceito e a falta de informação para assegurar os direitos básicos dos autistas”, comenta Leia.
A semana de conscientização do autismo é uma oportunidade para esclarecer pontos importantes, como os direitos que, até pouco tempo atrás, não eram garantidos por lei no Brasil. Somente a partir de 2012, com a sanção da Lei Berenice Piana (Nº12.764), é que foram conquistados alguns benefícios aos autistas.
A lei institui a “Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno de Espectro Autista” (TEA). E, para todos os efeitos legais, a nova legislação assegura que a pessoa com autismo é uma pessoa com deficiência.